Essa preocupação veio na voz do deputado Sandro Lopes, ao usar da palavra nos trabalhos da décima terceira sessão ordinária da Assembleia Municipal, iniciado hoje, devendo terminar na quarta-feira, 27.

Sandro, que é enfermeiro de profissão, considerando que o Sal está entre os destinos turísticos mais procurados no mundo, compreende que é da responsabilidade das entidades público-privadas garantirem a questão da segurança sanitária na ilha que acolhe, conforme frisou, 52 por cento (%) de turistas que visitam o País.

Manifestando preocupação a nível da situação sanitária local, a mesma fonte lembrou que o Hospital Ramiro Figueira assiste, também, as ilhas da Boa Vista e São Nicolau, especialmente na área de ginecologia/obstetrícia, referindo, em tom de inquietação, que de momento o estabelecimento hospitalar está a passar por um “problema sério de liderança”.

“A nível de gestão dos recursos humanos, a própria escassez de recursos humanos no hospital regional, que de momento se encontra sem uma directora, cirurgião, com um único ginecologista obstetra que trabalha sem descanso praticamente, falta de colocação de mais quadros na área de enfermagem, médicos, pessoal de serviços gerais, falta de segurança, entre outras situações”, enumerou.

“Nota-se, claramente, um desgaste e desmotivação dos profissionais, o que reflecte numa degradação dos cuidados de saúde prestados à população”, comentou.

Fazendo essa leitura, Sandro Lopes aproveitou a ocasião para pedir ao Ministério da Saúde a tomar medidas para solucionar a situação que está a “tornar-se insustentável”, contestando ainda o horário de funcionamento do Centro de Saúde de Santa Maria das 8:00 às 20:00, de segunda a sexta-feira.

“O Centro de Saúde de Santa Maria funciona das 8:00 às 20:00, de segunda a sexta-feira. Como é possível um centro de saúde numa cidade turística estar a prestar esse tipo de serviço”, criticou.

“A população de Santa Maria está a sentir um clima de insegurança. Os habitantes daquela cidade estão a sentir-se inseguros em relação à prestação dos cuidados de saúde”, reforçou.

Perante o cenário, Sandro Lopes vai mais longe, interrogando como é que se pode garantir um turismo sustentável e seguro com a saúde nessas condições, pelo que compreende que o Governo deve tomar “medidas urgentes” para resolver a situação sanitária na ilha do Sal.

A Semana com Inforpress