A formalização da assinatura dos contratos para o empreendimento aconteceu, esta quarta - feira,30, nos Paços do Concelho do município do Sal, com a presença do Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva; pelo Ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro; pelo Ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos e o Presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes.
Na sua comunicação, Alexandre Monteiro enalteceu a contribuição da APP na execução do plano nacional de transição energética, bem como para a Agenda de Descarbonização da Economia Nacional.
“A transição energética é muito mais do que uma questão ambiental, pois proporciona vantagens económicas e sociais, maior segurança energética e aumento do acesso à energia elétrica”, sublinhou.
Já para Ulisses Correia e Silva, “exemplar” é a palavra que define a parceria entre a APP e o Governo, “para que possamos caminhar cada vez mais para a sustentabilidade”, reforça o mesmo.
Com a Descarbonização da economia e a Transição Energética, pretende-se superar até 2030 os 50% de penetração de energias renováveis, chegando aos 100% até 2050. Até essa data pretende se ainda dotar o pais de um parque automóvel nacional completamente elétrico.
Conforme apurou este jornal, houve também no ato a assinatura do contrato de compra e venda de energia entre a APP e a Electra, na modalidade APP. O contrato tem uma duração de 25 anos e o preço de venda é afixado em 5 escudos/KWh no Sal e 5,79 em São Vicente.
Arranque das obras e potência das centrais
As obras das novas centrais, conforme é avançado pela Direção da APP, iniciam em abril de 2023, no Sal, localizada na zona de Fátima (Santa Maria) e em São Vicente, entre as localidades de Salamansa e Baía das Gatas.
Durante a fase de construção, as obras destas duas centrais empregarão cerca de 90 pessoas, incluindo 8 alunos do Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial (CERMI). Todos beneficiarão de um estágio de formação remunerado com a duração de 7 meses, incluindo 3 meses em Espanha. Este programa resulta da renovação do protocolo de colaboração entre a APP e a CERMI.
A APP revela que, com o funcionamento dessas centrais no Sal e em São Vicente, serão poupadas anualmente 5.128 toneladas de combustíveis fósseis e evitadas emissões de 18.655 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Conforme acrescenta a mesma fonte, com os valores de geração elétrica previstos, espera-se um incremento de 15% do contributo das energias renováveis nos sistemas elétricos de ambas as ilhas.
Segundo o projeto, em cada central serão instalados 11.200 módulos fotovoltaicos monocristalinos PERC bifaciais de 540 Wp, que totalizarão uma potência pico de 6.048 kWp e 15 inversores de 350 kWn, para totalizar uma potência ativa de 5.000 kW. A produção anual prevista é de 10.541 MWh no Sal e 10.847 MWh em São Vicente, com um fator de carga de 1.743 e 1.794 Horas Equivalentes, respetivamente.