O presidente da câmara de Santa Catarina do Fogo, Alberto Nunes disse à Inforpress que na sequência dos estragos não é possível a circulação de viaturas para locais como Casinha, Fajã e Alcatraz, e mesmo para Forapó, sublinhando que isso significa que as três baías estão “praticamente isoladas”.
O autarca lembrou que a câmara tem “projectos interessantes” e que, inclusive, já entregou o projecto ao Ministério do Mar para a construção de 12 casas de pescadores na Baía de Fajã.
Sublinhou que a reposição do acesso vai permitir dar continuidade aos trabalhos da segunda fase da Baía de Alcatraz e iniciar a primeira fase da Baía de Fajã.
Por outro lado, Alberto Nunes defendeu a normalização na circulação para estes pontos do litoral do município, porque para além de impedir os trabalhos está a dificultar os pescadores que antes, quando tinham grande quantidade de peixe, faziam o escoamento através de viaturas, e hoje são obrigados a transportar pescados à cabeça.
“A câmara tinha feito o trabalho um pouco apreciado e como alguns locais ficaram sem acesso, colocamos a equipa no terreno para fazer avaliação e elaboração do orçamento”, disse Alberto Nunes, indicando que o valor de 22 mil contos anunciado pelo Governo, após o levantamento, pode revelar-se insuficiente e a câmara precisar de mais recursos.
Alberto Nunes disse que a proposta da autarquia é que a reposição do acesso seja priorizada e assim vai negociar com a empresa de construção civil que for seleccionada para realizar os trabalhos para priorizar o acesso e depois as obras “mais profundas”.
“Tratando-se de obras de emergência dispensa concurso publico”, disse o edil, para quem a prioridade é garantir o acesso para o litoral para poder arrancar as obras na orla marítima, facilitando o transporte de materiais de construção, mas também garantir aos pescadores mais segurança no acesso aos locais de pesca.
A câmara, através do seu Gabinete Técnico, fará o orçamento e caderno de encargos e depois convites às empresas para apresentação de propostas e a obra será adjudicada à empresa vencedora, referiu o edil.
A mesma fonte indicou que o é da competência da câmara “está feito e enviado ao Fundo de Emergência há mais de um mês”.
No quadro da declaração de estado de calamidade, o município de Santa Catarina do Fogo vai receber 22 mil contos do Fundo de Emergência, sendo três mil contos para a reparação da estrada vicinal de Forapó, em construção pela Associação de Amigos de Forapó, outros três mil contos para reparação do muro da placa desportiva e da drenagem de água, sendo a gestão das duas intervenções será feita pela câmara municipal.
A fatia maior, 16 mil contos, destina-se à reparação dos estragos na estrada de acesso ao litoral, nomeadamente Domingos Lobo a Baía de Alcatraz e a gestão será feita pela câmara e pelas Estradas de Cabo Verde (ECV).
A Semana com Inforpress