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Santa Catarina: Rabidantes protestam contra remoção de barracas nos arredores do mercado municipal 08 Abril 2023

Um grupo de rabidantes que vendem roupas nos arredores do Mercado Novo de Achada Riba, em Assomada, Santa Catarina, manifestou-se hoje contra a medida da edilidade que os obriga a remover as barracas depois das vendas.

Santa Catarina: Rabidantes protestam contra remoção de barracas nos arredores do mercado municipal

É que segundo contaram hoje à imprensa, receberam um comunicado da Câmara Municipal de Santa Catarina, através de pelouro da Economia Local e Transporte Rodoviário, informando que a partir do dia 10 de Abril, devem todos os rabidantes que vendem roupas nas barracas nos arredores do mercado novo e não só, no final da venda desmontar as suas barracas e voltar a montá-las só no dia seguinte.

A porta-voz dos rabidantes, Claudina Cabral, residente na cidade da Praia, e que vende nas feiras de quartas-feiras e sábados de Assomada, disse que não têm como fazer a remoção das barracas e levarem consigo no final de cada venda.

No seu entender, em vez de a edilidade preocupar em remover as barracas nas proximidades do mercado novo, esta deveria estar a criar condições higiénicas, tendo em conta que têm sofrido com chuva, vento e cheiro nauseabundo no local onde labutam.

“Queremos saber onde é que a presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jassira Monteiro, acha que devemos guardar as nossas barracas”, questionou, lembrando que outrora guardavam dentro do mercado, mas, no entanto, a edilidade proibiu-lhes alegando falta de espaço para tal.

Contrariamente à edilidade, assegurou que as barracas nos arredores do Mercado Novo de Achada Riba não obstruem e nem condicionam o trânsito nos dias normais, mas sim as que estão montadas nas proximidades da Rua Pedonal.

Por fim, informou que a desmontagem das barracas que estão fixas vai custar aproximadamente 16 mil escudos e não têm este valor, até porque há feiras que não vendem nem 10 escudos.

“Não estamos a incomodá-los na câmara, por isso, pedimos-lhes também para que não nos incomodem”, avisou, insistindo que não pretendem abandonar o local ou desmontar as barracas.

Contactado pela imprensa, o vereador da Economia local da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jacinto Horta, assegurou que a edilidade não pretende tirar ninguém dali, mas sim não quer que “ferros” fiquem a obstruir vias e a porem em causa a imagem da cidade de Assomada.

“Não estamos a tirar ninguém daqui. Sabemos que há espaço suficiente para todos os rabidantes venderem, por isso, estão ali provisoriamente até encontrarmos uma solução definitiva, que já estamos a trabalhar, visando redimensionar o uso do mercado municipal”, explicou o autarca.

Relativamente ao projecto para redimensionar o uso do mercado municipal, avançou que o mesmo já foi financiado pelo Governo e visa criar mais espaços ao redor do mercado municipal de forma mais organizada, com um padrão de barracas uniformizadas e que permita uma imagem mais adequada tanto para próprio mercado novo e para o centro da cidade de Assomada.

Na ocasião, informou que as fixações das barracas em vez de móveis têm dificultado a limpeza ao redor do mercado novo e representam uma má imagem para o centro da cidade de Assomada.

“Não temos nada contra as rabidantes, respeitamo-las e temos amor para com elas, mas queremos que colaborem um bocadinho”, exteriorizou Jacinto Horta.

Segundo o município liderado por Jassira Monteiro, esta medida tem como objectivo melhorar a organização do centro da cidade, por forma a preservar a imagem da urbe e assegurar o bem-estar e a segurança dos munícipes, visitantes e turistas que visitam este município santiaguense, no que tange aos locais por onde circulam e frequentam.

A autarquia informa as rabidantes “que se não retirarem as barracas vai apreender as mesmas sob pena de pagarem uma coima para tê-las de volta”. A Semana cm Inforpress

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