É que segundo contaram hoje à imprensa, receberam um comunicado da Câmara Municipal de Santa Catarina, através de pelouro da Economia Local e Transporte Rodoviário, informando que a partir do dia 10 de Abril, devem todos os rabidantes que vendem roupas nas barracas nos arredores do mercado novo e não só, no final da venda desmontar as suas barracas e voltar a montá-las só no dia seguinte.
A porta-voz dos rabidantes, Claudina Cabral, residente na cidade da Praia, e que vende nas feiras de quartas-feiras e sábados de Assomada, disse que não têm como fazer a remoção das barracas e levarem consigo no final de cada venda.
No seu entender, em vez de a edilidade preocupar em remover as barracas nas proximidades do mercado novo, esta deveria estar a criar condições higiénicas, tendo em conta que têm sofrido com chuva, vento e cheiro nauseabundo no local onde labutam.
“Queremos saber onde é que a presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jassira Monteiro, acha que devemos guardar as nossas barracas”, questionou, lembrando que outrora guardavam dentro do mercado, mas, no entanto, a edilidade proibiu-lhes alegando falta de espaço para tal.
Contrariamente à edilidade, assegurou que as barracas nos arredores do Mercado Novo de Achada Riba não obstruem e nem condicionam o trânsito nos dias normais, mas sim as que estão montadas nas proximidades da Rua Pedonal.
Por fim, informou que a desmontagem das barracas que estão fixas vai custar aproximadamente 16 mil escudos e não têm este valor, até porque há feiras que não vendem nem 10 escudos.
“Não estamos a incomodá-los na câmara, por isso, pedimos-lhes também para que não nos incomodem”, avisou, insistindo que não pretendem abandonar o local ou desmontar as barracas.
Contactado pela imprensa, o vereador da Economia local da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jacinto Horta, assegurou que a edilidade não pretende tirar ninguém dali, mas sim não quer que “ferros” fiquem a obstruir vias e a porem em causa a imagem da cidade de Assomada.
“Não estamos a tirar ninguém daqui. Sabemos que há espaço suficiente para todos os rabidantes venderem, por isso, estão ali provisoriamente até encontrarmos uma solução definitiva, que já estamos a trabalhar, visando redimensionar o uso do mercado municipal”, explicou o autarca.
Relativamente ao projecto para redimensionar o uso do mercado municipal, avançou que o mesmo já foi financiado pelo Governo e visa criar mais espaços ao redor do mercado municipal de forma mais organizada, com um padrão de barracas uniformizadas e que permita uma imagem mais adequada tanto para próprio mercado novo e para o centro da cidade de Assomada.
Na ocasião, informou que as fixações das barracas em vez de móveis têm dificultado a limpeza ao redor do mercado novo e representam uma má imagem para o centro da cidade de Assomada.
“Não temos nada contra as rabidantes, respeitamo-las e temos amor para com elas, mas queremos que colaborem um bocadinho”, exteriorizou Jacinto Horta.
Segundo o município liderado por Jassira Monteiro, esta medida tem como objectivo melhorar a organização do centro da cidade, por forma a preservar a imagem da urbe e assegurar o bem-estar e a segurança dos munícipes, visitantes e turistas que visitam este município santiaguense, no que tange aos locais por onde circulam e frequentam.
A autarquia informa as rabidantes “que se não retirarem as barracas vai apreender as mesmas sob pena de pagarem uma coima para tê-las de volta”. A Semana cm Inforpress