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Santiago: Ministério da Cultura assina contratos de financiamento com sete grupos de tabanca de Santa Catarina 10 Maio 2023

O Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do Instituto do Património Cultural (IPC), assinou esta quinta-feira, 10, em Santa Catarina, contratos de financiamento com os sete grupos de Tabanca daquele município do interior de Santiago.

Santiago: Ministério da Cultura assina contratos de financiamento com sete grupos de tabanca de Santa Catarina

Os contemplados são os grupos de Tabanca de Achada Leite, Tomba Touro, Ribeira Acima, Charco, Chã de Tanque, Lém Cabral e Boca Mato que, assim como os demais quatro grupos de outros municípios de Santiago e um da ilha do Maio, vão receber 200 contos cada.

Este financiamento enquadra-se no âmbito do programa da valorização e salvaguarda da Tabanca, destinado a todos os grupos de Tabanca, formalmente constituídos.

Em declarações à imprensa, após a assinatura dos contratos de financiamento, a presidente do IPC, Ana Samira Baessa, explicou que este financiamento “modesto” vem na linha da política da valorização da Tabanca iniciado desde 2018 pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas (MCIC).

Além da questão financeira, informou que o referido protocolo tem ainda como propósito trabalhar com os grupos, visando apoiá-los tecnicamente no processo da documentação, na melhoria das suas capelas de Tabanca e dos seus espaços de representação e interpretação.

O montante, segundo Ana Samira Baessa, vai permitir aos grupos deste género musical e manifestação cultural de Cabo Verde, que é Património Cultural Imaterial Nacional, organizar as suas actividades, resolver os seus problemas a nível de instrumentos, trajes, indumentárias, melhoria dos espaços de interpretação e todo o festejo da Tabanca.

Este apoio financeiro está dentro do quadro da valorização da Tabanca a nível nacional como manifestação identitária e cultural que temos interesse que seja preservada e perpetuada e na dinâmica da candidatura da Tabanca a Património Imaterial da Humanidade”, acrescentou.

Relativamente à candidatura da Tabanca a Património Imaterial da Humanidade, avançou que o processo está em curso e lembrou que o IPC já fez o inventário de todos os grupos de Tabanca. De momento, está-se no processo de documentação infográfico da Tabanca, que é uma das exigências da própria candidatura.

Após esta fase, segundo informou, segue-se o processo de consentimento junto dos grupos da Tabanca e montagem do dossier técnico a ser submetido à Unesco para a classificação da Tabanca como Património Imaterial da Humanidade.

Na ocasião, Ana Samira Baessa lembrou que o País tem, actualmente, 12 grupos formalizados e mais quatro/cinco em processo de formalização.

Conforme fez saber o MCIC atribui anualmente 2.400 contos aos 12 grupos da Tabanca de Santiago e Maio, notando que de 2018 a esta parte totalizam mais de 14.000 contos já atribuídos aos mesmos.

Por sua vez, o porta-voz dos grupos da Tabanca de Santa Catarina, José Avelino Monteiro, lembrou que este financiamento do MCIC iniciado em 2018 tem ajudado os grupos na aquisição de instrumentos, vestuários, remodelação das capelas e na festa de romaria celebrado anualmente a 13 de Junho, em honra de Santo António.

“Este financiamento tem permitido alavancar os grupos, dar mais brio aos grupos da Tabanca e dar mais brilho aos festejos da Tabanca. Este financiamento tem permitido o funcionamento dos grupos e não vai deixar a Tabanca morrer”, observou o também presidente do grupo da Tabanca de Charco.

José Avelino Monteiro congratulou-se com o anúncio da candidatura da Tabanca a Património Imaterial da Humanidade, da UNESCO, sustentando que esta iniciativa não vai deixar este género cultural cabo-verdiano morrer. A Semana com Inforpress

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