“O PAICV, durante os seus sucessivos governos, criou um conjunto de infra-estruturas no município [do Tarrafal] como as de rega, furos e reservatórios e desenvolveu um sistema de micro-irrigação para facilitar o processo de diminuição de custo de água e para criar condições para que os agricultores possam verdadeiramente produzir”, começou por dizer o porta-voz da CPR do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Paulo Varela.
O também membro da CPR do PAICV – Santiago Norte, que falava em conferência de imprensa, nas imediações do perímetro agrícola de Colonato, onde esteve ladeado das demais dirigentes do partido a nível concelhia e regional, disse que a “agricultura no Tarrafal vai do abandono ao caos, porque não tem produção”.
Ou seja, ajuntou que a partir de 2016, houve descontinuidade nos investimentos no sector da agricultura por parte do Governo, que levou à perda de capacidade de produção, reservatórios com perdas de água e sem manutenção, furos desativados, e agricultores sem formações e com responsáveis do Ministério da Agricultura e Ambiente local que “não servem”.
A mesma fonte alertou que os agricultores ainda não deixaram o campo, porque querem conservar a posse dos terrenos.
O Governo, segundo Paulo Varela, no sector da agricultura trouxe apenas a empresas Água de Rega (AdR), para quem veio aumentar o encargo na gestão da água que aumentou o preço desse liquido de 25 escudos por tonelada para 40 escudos.
“Então perguntamos o quê que o actual Governo está a dar aos agricultores do Tarrafal para que possam continuar a produzir”, questionou o membro da CPR do PAICV em Santiago Norte, que pediu intervenção do Governo no combate às pragas e na massificação da rega gota-a-gota.
Por fim aconselhou o Governo e delegação do MAA local para associaram-se à edilidade tarrafalense para resolveram os referidos problemas dos agricultores, e para não abandonarem o sector que considerou um sector de peso para a segurança alimentar e satisfação das necessidades das famílias.
A Semana com Inforpress