A constatação é dos deputados da Nação eleitos nas listas do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) pelo círculo eleitoral de Santo Antão, que hoje cumpre o último dia de uma visita de três dias ao seu círculo eleitoral, com contatos às comunidades do município do Porto Novo.
Para a deputada Rosa Rocha, as chuvas registadas em Setembro de 2022 no concelho representaram “um renovar das esperanças” para os agricultores porto-novenses, mas, a seu ver, “não tardou a revolta” da classe face a “perda das culturas pela invasão das pragas”.
Os parlamentares do PAICV acusam o Ministério da Agricultura e Ambiente de “inação” em relação ao combate a pragas no concelho, onde a produção do milho “foi nula”, devido à lagarta do cartucho do milho, que invadiu todas as localidades deste município.
“Aliás, são os próprios técnicos e funcionários afetos à Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente quem mais manifesta a total descrença na instituição, que consideram em vias de extinção”, sublinhou a deputada, citado pela Inforpress.
Os eleitos nacionais do PAICV referiram-se ainda ao “descrédito da população” em relação ao “poder local”, dando como “exemplo paradigmático” o “arrastamento, há quase dois anos” do problema de água potável na localidade de Lajedos, derivado de “uma avaria” no sistema de bombagem do furo que abastece este povoado.
“Esta situação vem revoltando a comunidade, que se vê obrigada a consumir a água injetada na rede a partir de uma levada de rega, sujeita a contaminações, e que a tornam imprópria para o uso doméstico”, alertou Rosa Rocha, conforme escreve a Agência Caboverdiana de Notícias.