“Os deputados do PAICV eleitos por Santo Antão têm acompanhado este problema com natural preocupação desde o início e, nos encontros de proximidade com agentes do sector turístico, pudemos perceber que tal medida vai afectar a competitividade de Cabo Verde, em especial, de Santo Antão”, declararam através de uma nota.
Os parlamentares do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) discordam do Governo que alega que “a distinção entre nacionais e não nacionais é uma prática internacionalmente aceite e comum nas economias insulares”, contrapondo que, no caso da linha marítima São Vicente – Santo Antão esta medida “poderá ser determinante para desencorajar turistas a visitar” a ilha das montanhas.
Os deputados do PAICV chamam atenção para o facto de que “a chegada à ilha se faz unicamente pela via marítima”.
“Nós sempre estivemos conscientes das potencialidades da ilha de Santo Antão e sempre sentimos que as nossas montanhas têm qualquer coisa de tão especial, que faz com que todos os turistas que aqui venham queiram voltar”, notaram.
Santo Antão está hoje entre as ilhas onde o turismo mais tem crescido nos últimos anos, segundo os parlamentares do PAICV, que se referem aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que têm mostrado que a entrada de turistas tem vindo a aumentar.
A discriminação tarifária nos transportes marítimos para os cidadãos estrangeiros representa “uma ameaça eminente à competividade do destino turístico” Santo Antão, avisam os eleitos nacionais do PAICV, que apelam ao Governo para “eliminar esta medida sob pena de se estar a aniquilar o sector que vem afirmando como o motor da economia santantonense”.
Na linha São Vicente – Santo Antão, os cidadãos nacionais pagam uma passagem de 920 escudos, enquanto os estrangeiros pagam 1.470 escudos.
A Semana com Inforpress