Em declarações à imprensa, o presidente da Associação dos Produtores Agroindustrial da Ribeira Grande (Agrorig), António Carente, explicou que a que falta de sementes deu-se devido ao mau ano agrícola registado no ano passado, pois, segundo o mesmo, “não houve produção de sequeiro”.
“Estamos a preparar a terra para fazer sementeira, há escassez de semente, embora alguns agricultores têm optado por fazer a sementeira em pó. Ouvi dizer que o Governo aprovou um pacote de 44 mil contos para apoiar os agricultores em termos de semente, só que, aqui Ribeira Grande quando essas sementes são distribuídas o pessoal praticamente já não tem necessidade de utiliza-las”, frisou.
É que, conforme justificou a mesma fonte, as sementes são distribuídas “tarde demais” e neste sentido apelou a Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente no concelho se caso forem distribuir ou vender que o mesmo seja feito atempadamente para poderem fazer o lançamento à terra “em tempo útil”.
“Estamos esperançosos, tendo em conta que os dados meteorológicos dão conta que a partir de meados de Agosto teremos chuva, mas os agricultores vivem uma época difícil devido a todos estes constrangimentos que já havia exposto anteriormente”, salientou.
Quanto a falta de mão de obra, António Carente elencou que devido a saída de muitos jovens para as ilhas turísticas, a problemática do álcool que tem ceifado vidas no meio rural e outros jovens que saem para prosseguir os estudos no estrangeiro e em outras ilhas tem ditado a escassez de mão de obra no concelho.
Entretanto, a mesma fonte acentuou que os agricultores ribeira-grandenses “mesmo desanimados” têm feito o que podem.
Outrossim, António Carente referiu-se às pragas que têm “fustigado” as plantações no concelho, pois, conforme o mesmo, ano passado muitas pragas atacaram a agricultura de sequeiro, por isso “houve pouca produção”.
E para este ano, o presidente da Agrorig apelou à Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente no concelho para “estar à altura” para apoiar os agricultores no combate as pragas de modo a evitarem a perda de várias plantações como o que aconteceu no ano passado.
A Semana com Inforpress