Em declarações à Inforpress, o filho Kleiton Djon contou que o caso remonta desde Agosto de 2018 quando a sua mãe deu entrada no serviço de urgência do Centro de Saúde do Porto Novo, com queixas de dor na coxa direita, com irradiação para o membro inferior ipsilateral (do mesmo lado).
A mãe, explicou a mesma fonte, foi atendida pelo médico escalado no serviço de urgências que lhe terá prescrevido uma ampola de tramadol endovenoso.
“Aplicaram a injecção sem perguntar à minha mãe se ela tinha alguma alergia a algum medicamento ou os seus componentes. Já medicada, a minha mãe começou a sentir-se mal e apresentou um episódio de vómito seguido de convulsão”, acrescentou.
Conforme Kleiton Djon, a paciente iniciou um quadro de paragem cardiorrespiratória e não respondeu aos estímulos médicos que decidiram transferir a doente para o Hospital Baptista de Sousa (HBS), em São Vicente.
“Em São Vicente, o quadro de saúde da minha mãe agravou-se e ela veio a óbito. Solicitamos uma autópsia e a conclusão da mesma e o resultado revelou depressão respiratória após administração de tramadol intravenosa, edema agudo no pulmão, sobre hidratação”, apontou.
Com o relatório da autópsia, Kleiton Djon disse que deu entrada, em Setembro de 2018, com uma queixa-crime contra o médico e a enfermeira que atenderam a mãe, no Tribunal da Comarca de São Vicente.
No entanto, mostrou-se apreensivo com a demora no desenrolar do processo, mas garantiu que ele e a família querem justiça.
“Não vamos descansar até que os culpados pela morte de Antónia da Cruz sejam punidos”, prometeu.
A Semana com Inforpress