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Santo Antão: PAICV diz que Ribeira Grande encontra-se “mergulhada num fosso” sem alternativas de melhorias 16 Novembro 2023

O município da Ribeira Grande continua “mergulhada num fosso” sem alternativas de melhorias e que precisa “urgentemente” de outra visão de governação, declarou hoje o líder da bancada municipal do PAICV, Armindo Cruz.

Santo Antão: PAICV diz que Ribeira Grande encontra-se “mergulhada num fosso” sem alternativas de melhorias

Em conferência de imprensa, o eleito nas listas do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) na Ribeira Grande reforçou que se nada for feito o desenvolvimento do concelho “continuará hipotecado”.

“Como legítimos representantes e defensores dos interesses daqueles que nos elegeram, a nossa bancada nunca pactuou e jamais pactuará com o silêncio e deixar passar a carruagem, sem manifestar o nosso descontentamento, com mais este grito de alerta, pela falta de seriedade e respeito, por parte do poder central e local, para com os munícipes”, sublinhou.

Conforme o líder da bancada, para o PAICV Santo Antão é a ilha “mais penalizada” de Cabo Verde, com “promessas feitas e não cumpridas” pelo actual Governo, desde 2016, e com a colaboração das câmaras municipais.

Segundo Armindo Cruz, a “felicidade” prometida, não passou de “falsa promessa”, e com o aproximar das eleições essas mesmas promessas são renovadas de forma “descarada, como que as pessoas não tivessem sentimentos”.

No início de Outubro, recordou, “em jeito de propaganda e de fazer turismo entre os seus membros”, o Governo trouxe a Santo Antão centenas de pessoas para a primeira Conferência internacional de Turismo de Natureza.

Evento que teve como palco, segundo Armindo Cruz, a comunidade de Lagoa do Planalto Leste, com “milhares de contos envolvidos”.

“De realçar que somos a favor de toda a iniciativa que visa o desenvolvimento do turismo, mas que pelo momento em que as populações se deparam com muitas dificuldades financeiras, por falta de emprego e rendimento familiar e, com tudo a duplicar de preço, consideramos que se deveria fazer contenção de gastos em eventos, envolvendo a participação massiva dos governantes”, frisou.

No entanto, prosseguiu o líder da bancada do PAICV, os governantes “esqueceram-se” que para atrair o turista, principalmente em Santo Antão, onde se pratica mais o turismo de montanha e sítios, e de natureza, é preciso ter trilhas ou caminhos vicinais em condições e não em “péssimo estado” como se encontram atualmente.

É preciso, na óptica de Armindo Cruz, desencravar as localidades para que as pessoas cheguem no destino, com facilidade e segurança.

“Para agravar ainda mais a situação, no inicio de Outubro, a CV Interilhas anunciou o aumento de 25 % no tarifário de cargas, que certamente terá um impacto negativo para a ilha de Santo Antão, a todos os níveis. Essa medida coincidiu com a visita do primeiro-ministro à ilha para mais alguma manobra demagógica e para que os seus tentos fossem atingidos, mandou surpreender a mesma, no sentido de ganhar tempo”, salientou.

Entretanto, conforme Armindo Cruz, em Novembro a CV Interilhas retomou a sua medida de aumentar as tarifas em 25 % e “não apareceu o primeiro-ministro”, nem os presidentes das câmaras para defenderem os interesses de Santo Antão.

“A ilha e o seu povo, que antes tinha a esperança da felicidade prometida, com o Governo e câmara de rosto humano. A máscara da propaganda ‘juntos somos mais fortes’ já caiu”, afirmou.

Outrossim, no desporto, o líder da bancada do PAICV disse que no capítulo futebol a região norte de Santo Antão tem sido das regiões mais “desfavorecidas” a nível do País.

É que, segundo analisou, anteriormente o campeonato na região era disputado por nove clubes, com a disputa entre equipas da primeira e segunda divisão.

E, para este ano, segundo Armindo Cruz, por “falta de incentivos” das câmaras, participarão “apenas cinco equipas” e com um único estádio em “más condições” para a prática do futebol.

Por outro lado, o líder da bancada do PAICV acentuou que continuam “ansiosos” para ouvir uma vez mais as razões do não arranque das obras do estádio do Tarrafal e dos campos de sete do Coculi e Chã de Igreja, já planificadas e orçadas por diversas vezes, e das placas desportivas de Chã das furnas, Ribeirão, a reconstrução da do Figueiral, entre outras.

“Esperemos que o primeiro-ministro, o ministro do Desporto e o presidente dacCâmara tenham uma explicação plausível para apresentar aos munícipes, pelos sucessivos atrasos. Por outro lado, seria de bom-tom, um pedido de desculpas pelo desrespeito à população”, enfatizou.

A Semana com Inforpress

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