Em declarações à imprensa, o porta-voz dos herdeiros, José Henrique Vera Cruz, explicou que há cerca de alguns meses a família decidiu colocar a casa à disposição das instituições para efectivação do museu da aguardente.
Segundo José Henrique, contactaram o presidente da Câmara Municipal do Paul, António Aleixo Martins, que de primeira recebeu a ideia com “muito agrado” e agora já estão a preparar o protocolo para ser assinado entre o representante dos herdeiros, a câmara do Paul e o Instituto do Património Cultural (IPC).
“O museu contará a história da aguardente e todos os derivados da mesma e também da família proprietária da casa. O mesmo terá um componente turístico para que as pessoas possam visitar”, disse.
José Henrique salientou que o projecto irá acrescentar valor à aguardente, o produto passará a ser mais valorizado o que, no seu entender, será “economicamente mais vantajoso”.
“Vamos tentar montar o trapiche antigo com os bois e os alambiques, uma forma das pessoas vivenciarem como era produzido a aguardente antigamente, até porque acredito que muitos não sabem a história por detrás da produção da aguardente”, pontuou.
Conforme o herdeiro, a efectivação do projecto vai depender da recuperação da casa, pois a mesma está “muito degradada”.
De todo modo, José Henrique afirmou que o gabinete técnico da câmara do Paul já tem “alguma ideia” de como ficará o museu da aguardente.
“Vamos assinar o protocolo e depois o projecto será dado andamento. Pensamos que 2024 haverá as obras necessárias para recuperação da casa e depois o IPC assegurará a musealização do espaço”, afiançou.
O museu da aguardente está orçado em 50 mil contos.
A Semana com Inforpress