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São Miguel: Investidora aconselha emigrantes a pesquisar mercado antes de investirem no País 29 Setembro 2023

Laurinda Monteiro, ex-emigrante e hoje proprietária e gerente de um empreendimento turístico em São Miguel, na zona de Benecha, aconselhou os emigrantes a investirem no País, mas que seja feito primeiro um estudo de mercado.

São Miguel: Investidora aconselha emigrantes a pesquisar mercado antes de investirem no País

Laurinda contou que emigrou ainda criança, viajou por vários países, nomeadamente São Tomé, Angola, Portugal e França, mas que em meados de 2010 resolveu voltar para Cabo Verde juntamente com o seu marido para “gozar” a reforma com tranquilidade.

Ela considerou que após os 60 anos de idade é sempre aconselhável as pessoas regressarem para viver na tranquilidade que Cabo Verde oferece.

Segundo a investidora, antes da vinda para Cabo Verde o seu marido já tinha investido no Hotel Restaurante Edu Horizonte, fruto de um trabalho “árduo da emigração”, e neste momento é a fonte de rendimento para os dois e um local onde também emprega várias pessoas do município, além de oferecer serviços diversificados aos clientes.

Esta empreendedora lembrou que Cabo Verde “não é nada sem a chuva e a emigração” e é neste sentido que fala da importância de os emigrantes investirem no País, de forma a proporcionar um nível de desenvolvimento crescente, mas também apoiar muitos a ter um emprego, independentemente da área.

“Cabo Verde tem condições para os emigrantes investirem, mas antes de pensar em investir aconselho a qualquer um, independentemente da ilha ou do município que deseja investir, a fazer um estudo de mercado”, sugeriu, realçando que no seu caso é “bem-sucedida”, mas se tivesse tido outras informações “com certeza que seria diferente”.

Igualmente, aconselhou os emigrantes a visitarem Cabo Verde sempre, de forma a acompanharem o desenvolvimento e o percurso do País, mas também para trazerem os seus filhos para estes conhecerem e se adotarem aos hábitos daqui, pois quando se emigra e não se visita o País com alguma frequência ao decidir regressar para viver a adaptação torna-se um pouco mais difícil, como foi o seu caso, devido aos hábitos que se cria com a emigração.

Questionada sobre a sua percepção do nível de desenvolvimento de Cabo Verde e as condições para se investir, enfatizou que “há condições, sim, para se investir no País”, reconhecendo que Cabo Verde se encontra num nível de desenvolvimento onde é possível ver que “muito já se fez”.

Reforçou, todavia, muito “ainda há por se fazer”, destacando que os emigrantes possuem a sua quota-parte nesse processo, com investimentos e apoios.

No quadro da emigração, discorreu um pouco sobre o fluxo de jovens que saíram de Cabo Verde para outros países, principalmente Portugal à procura de outras condições de vida.

Considerou ser uma “saída necessária, muito apreciada e bem-vinda”, ao ser analisado no ângulo em que muitos jovens se encontravam desempregados.

Contudo, disse que a área em que labora começa a sentir as consequências, principalmente na questão da mão-de-obra, exemplificando com a escassez de trabalhadores para serviços rurais no município, e diz acreditar que em outros municípios também.

A Semana com Inforpress

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