À Inforpress, o presidente do grupo, Alibio Brito, avançou que o grupo apostou num tema “forte”, de forma a chamar a atenção das pessoas para aquilo que “acontece à nossa volta”.
“Não queremos entrar em choque com a religião, mas sim mostrar às pessoas os pequenos vícios com que vivemos e convivemos no dia a dia, de modo a despertar a atenção das pessoas, ligando a cultura ao imaginário”, afirmou.
O grupo, espera retratar o tema “em grande” nas ruas da Ribeira Brava, através dos seus dois carros alegóricos, músicas e trajes dos foliões.
Segundo este responsável, os trabalhos no ateliê de costura já arrancaram e apesar de alguns atrasos, espera arrancar na segunda-feira, com o estaleiro de confecção dos carros alegóricos.
Conforme a mesma fonte, Alibio Brito confessou que a retoma, após dois anos de interregno, devido a pandemia da Covid-19, não tem sido “nada fácil”, mas ficar mais um ano sem o Carnaval “seria um crime” para a cultura de São Nicolau.
“Não tem sido nada fácil, aliás pôr o Carnaval na rua em São Nicolau nunca foi fácil, e este ano estamos a sentir alguma desmotivação em alguns artistas, portanto debaixo de muito sacrifício estamos a lutar para pôr o Carnaval nas ruas, com a mesma qualidade de sempre”, realçou.
Relativamente ao número de foliões, sublinhou que apesar da “crise actual”, o que condiciona a participação de muitos figurantes, o grupo espera apresentar cerca de 200 foliões, divididos em cinco alas.
Fundado em 1964, o grupo Estrela Azul é o segundo mais velho da ilha de São Nicolau, com 59 anos de história.
Tradicionalmente, os três grupos oficiais do Carnaval de São Nicolau, Estrela Azul, Copa Cabana e Brilho da Zona, desfilam durante três dias, sábado, domingo e na terça-feira de carnaval, refere a Inforpress.