O anúncio foi feito num encontro entre o presidente da câmara, Ângelo Vaz, e as 18 monitoras, onde foram informadas que a partir de Janeiro de 2024, passam a usufruir um salário de 20 mil escudos, um aumento de cinco mil escudos, que terá um impacto actual no orçamento de 864 mil escudos.
Em declarações à imprensa, o autarca evidenciou que após uma análise interna, a equipa camarária, por entender que a educação é uma peça chave do país e pela responsabilidade que possuem em moldar as crianças logo no início, decidiu assim fazer um aumento em um terço daquilo que é o salário que usufruem neste momento.
Segundo a mesma fonte, este não é um aumento considerado “bom” ou o que gostariam de fazer, mas que é o possível, tendo em conta o momento que se vive o mundo, reforçando que o estatuto remuneratório da classe se encontra sob tutela da autarquia que é a entidade empregadora.
Igualmente, evidenciou que a ideia é melhorar a situação da classe, realçando que por agora, com este aumento, continuam a dar mais e melhor de si e a colaborar para que haja uma educação cada vez mais desenvolvida no município.
Quanto ao estado físico dos jardins-de-infância no município, este responsável considera que há “uma boa rede de jardins”, enaltecendo as parcerias com o Ministério da Educação, Ficase e alguns privados que têm contribuído para a reabilitação e manutenção das infraestruturas, dotando-as de condições para um “bom funcionamento” e para o acolhimento das crianças e funcionários dos espaços.
Entretanto, ao anunciar o aumento algumas monitoras questionaram se o aumento será igual para todas ou se haverá alguma discriminação salarial mediante o grau académico, mas Ângelo Vaz sustentou que a autarquia não consegue avançar para esta lógica.
Justificou que no grupo das 18 monitoras cada um possui um grau de escolaridade, dentre elas formação profissional e até curso superior, o que a orgânica não permite diferenciar o salário das mesmas, reforçando que este aumento anunciado é para combater alguma desigualdade existente e reduzir algumas reclamações existentes neste aspecto.
Em representação à classe das monitoras, Ineida Lopes demonstrou-se satisfeita com este aumento, sublinhando que pouco conta, mas nada não conta, embora, deixou claro que a classe não se encontra totalmente satisfeita pelo trabalho e a função que desempenham, mas também pelas responsabilidades que carregam nas costas.
Segundo a mesma fonte, muitas vezes compara a educação infantil com uma árvore, onde é necessário a raiz estar bem afincada para poder desenvolver, daí, explicou que caso a criança não tenha uma boa base vai fracassar no processo do ensino, tentando demonstrar assim a importância e a missão que a classe possui.
Neste sentido, apela a melhorias no estatuto da classe, não deixando de reconhecer o esforço empreendido pela equipa camarária, relembrando que para as monitoras, principalmente do interior de Santiago com este salário enfrentam várias dificuldades, onde além do custo de vida, apontou a questão dos transportes para as que deslocam para zonas com alguma distância o que muitas vezes implica algum esforço extra.
A Semana com Inforpress