José Manuel Pavão teceu essas considerações como orador da conferência “Desafios e soluções para garantir o acesso equitativo à saúde e cobertura universal de saúde”, que abriu os debates do quinto Congresso Internacional da Ordem dos Médicos Cabo-verdianos, que decorre no Mindelo, entre hoje e sexta-feira, 29.
O clínico, que se centrou a palestra sobre a realidade de Portugal, fez uma retrospectiva do que antes era a realidade até agora e daí ter admitido que “houve uma evolução, mas ainda há um longo caminho a percorrer”.
Segundo a mesma fonte, o acesso aos cuidados de saúde é diverso e tem condições geográficas, políticas, sociais, económicas, organizacionais, técnicas e territoriais.
“O acesso à saúde é uma entidade polifacetada, multidimensional, que ao longo do tempo tem assumido desigualdades e limitações que põe em risco o grande objectivo que é a equidade”, sublinhou Pavão, para quem este sentimento está “bem enraizado” na comunidade portuguesa, e que “não deve ser diferente de Cabo Verde”.
Entretanto, conforme o especialista, “não há soluções definitivas” para o acesso à saúde, uma vez que a sua procura é “incessante e contínua”, para dar resposta às exigências da sociedade e necessidades dos cidadãos.
O que, a seu ver, requer “uma actualização permanente” dos serviços e procura por “novas formas céleres e eficazes” por parte dos governantes.
Durante o dia de hoje, além de conferências, houve momento para homenagens que destacou os médicos cabo-verdianos Bernardino Brito e Júlio Wahnon, pela aposentadoria, e os médicos estrangeiros, Salustiano Pessoa e Fernando Regateiro, brasileiro e português, respectivamente, pelas suas contribuições à formação de profissionais do País.
O 5º congresso da OMC, que decorre sob o lema “Inovar para aumentar o acesso à saúde” prossegue até esta sexta-feira, 29, com a discussão de vários temas ligados à saúde e medicina.
A Semana com Inforpress