A agremiação promete entrar na Rua de Lisboa pelas 21:00 trazendo consigo o enredo “Reviver o Passado é Celebrar Duas Vezes”, em homenagem à fundadora Luísa Morazzo.

“A escola cresceu e com o seu engrandecimento ao longo do tempo, colocou a seu lado, para reinar junto a si no trono aquela que viria a tornar-se a imperatriz do Carnaval Mindelense. Da Rua d’Cavoquim para o Mundo, abram alas, encham o peito e soltem as vozes para receber a nossa divindade maior, Luísa Morazzo”, lê-se na sinopse.

Um regresso agora em 2023 na qual a “majestosa rainha da noite” voltará, segundo os organizadores, “mais esplendorosa do que nunca” e virá ao terreiro para contar de “forma monumental uma história bem real”.

A Escola de Samba Tropical, conforme os responsáveis, trará para a avenida aquela que sempre a levou para a avenida e irá celebrar a vida de Luísa Morazzo, colocando-a no centro de uma história, cujos “principais e mais marcantes capítulos, foram escritos por ela”, sublinhou a direção do grupo, acrescentando que o enredo é “muito mais do que uma biografia”.

O enredo, asseveram, representa uma “história de amor, de alegria, de folia, de cor, luz, paixão e linhagem”, que será descrito através de 22 alas, composta por cerca de 1.200 foliões, um tripé abre alas e um carro alegórico.

O grupo Samba Tropical, nasceu em 1982 fruto do “inconformismo” de um grupo de pais, que decidiu organizar um desfile infantil numa época em que o Carnaval de São Vicente se encontrava muito em baixa.

Luísa Morazzo e Carmita Mascarenhas criaram um grupo infantil carnavalesco, denominado Meninos de Nôs Terra, com a ideia de cultivar nos mais velhos, o costume do Carnaval de outros tempos.

Na sequência desse grupo infantil, e após sete anos de ausência das ruas do Mindelo, a dupla resolveu fazer um quadro carnavalesco, recriando em plena marginal um casamento, acontecimento que acabou por ter uma grande adesão do público.

Hoje, passados todos esses anos e apesar do grupo não concorrer para os prémios oficiais, contribui muito com o seu “glamour”, cor e folia para a qualidade do Carnaval mindelense e não é à toa que centenas de residentes no País, emigrantes e até turistas marcam as férias para, precisamente, participarem do desfile.

Após o cair do pano da passagem do Samba Tropical, que deverá ser por cerca de uma hora e meia, o “sambódromo” do Mindelo deverá nesta terça-feira, 21, abrir alas para o desfile oficial, para o qual, este ano, concorrem os grupos Flores do Mindelo, Cruzeiros do Norte, Estrelas do Mar e Monte Sossego, e realizado, pela primeira vez, também no período noturno.

A Semana com Inforpress