Augusto Neves, eleito pelo Movimento para a Democracia(MpD) falava em conferência de imprensa no salão nobre da Câmara Municipal de São Vicente em reacção às declarações do líder da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), que denunciou alegadas situações de injustiça laboral na câmara de São Vicente.
Segundo Augusto Neves, a UCID e o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que, numa “tentativa falhada de derrubar a Câmara Municipal de São Vicente e o seu presidente”, tem chumbado com votos contra quase todos os documentos apresentados em sessão da câmara municipal de assembleia municipal nos últimos três anos.
Por isso, adiantou, sem orçamentos não se pode regularizar a situação dos vencimentos dos funcionários sem orçamentos nem abrir concursos para recrutamento dos bombeiros.
“O líder da UCID esteve calado durante muito tempo e parece que já despertou do sono em que se encontrava. Isto porque já se aproxima das eleições e ele já está em pré-campanha. Eu acho que é desespero e continuam a inventar mentiras para confundir as pessoas. Possivelmente, estejam arrependidos de tudo o que fizeram a São Vicente por maldade tentando derrubar a todo o custo a Câmara Municipal de São Vicente neste mandato”, reagiu.
Conforme Augusto Neves, o povo sabe e os funcionários da câmara sabem que a UCID e o PAICV não aprovaram os orçamentos de 2023 e de 2024 e agora no momento de pré-campanha querem sacudir o capote fugindo da sua própria responsabilidade e agora “descaradamente e de forma indecente” pedem o aumento salarial sabendo que o aumento estava contemplado nos dois orçamentos.
“Trouxemos todos os documentos e os orçamentos de 2023 e de 2024 que não foram aprovados pelos partidos, UCID e PAICV e temos as actas das agendas, não aprovadas, onde trouxemos todos as aposentações dos funcionários, e não aprovaram, temos as actas da abertura do concurso dos 12 bombeiros e não aprovaram”, mostrou o autarca que disse que poderá “colocar todos esses documentos em consulta pública”.
O líder da UCID denunciou alegadas situações de injustiça laboral na câmara de São Vicente informando que passados nove meses a autarquia ainda não implementou o reajuste salarial determinado pelo Governo, através do Orçamento do Estado para 2023, de 3,5 por cento (%) para os trabalhadores e pensionistas cujo salário ou pensão, oscila entre 15 mil escudos e 33 mil escudos, 2 % superior a 33 mil escudos e até 51 mil escudos, e 1 % superior a 51 mil escudos e até 69 mil escudos.
Também denunciou que a classe dos bombeiros municipais “há vários anos”, reivindica um corpo completo da corporação porque, do número mínimo de 30 bombeiros efectivos, de acordo com o seu estatuto, tem neste momento “apenas oito efectivos”.
Além disso, falou da situação de seis bombeiros em pré-reforma, após 38 anos de serviço “sem folgas, sem pagamento de horas extraordinárias e feriados”, e “sem os subsídios de risco e de turno desde Março” retirados “por vingança” do presidente da autarquia.
A Semana com Inforpress