Abraão Vicente falava à imprensa na manhã de hoje quando presidia a abertura da 3ª edição da feira do livro, enquadrada nas celebrações do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades e na programação do Festival internacional de Teatro do Mindelo (Mindelact).

Conforme a mesma fonte, a Biblioteca Nacional tem estado a tentar fazer, de forma permanente, feiras do livro em parceria com as câmaras municipais, inclusive, como disse, este ano conseguiram alcançar quase todos os municípios.

“Com o principal objectivo de ter o livro a baixo custo, continuar a vender livros que temos há muitos anos em stock e renovar o stock de livros”, explicou o ministro, adiantando que se está a criar um projecto em parceria com o Ministério da Cultura de Portugal e o Instituto Camões para, no próximo ano, haver uma “grande feira do livro”, com novidades dos últimos dois anos no mercado de língua portuguesa.

Até porque, considerou, a Biblioteca Nacional nos últimos três anos tem conseguido gerar receitas próprias e parte do crescimento do Orçamento do Estado no sector da cultura têm advindo das feiras do livro.

“Normalmente, pensa-se que a feira do livro é um custo, por termos de pagar o deslocamento dos técnicos e dos livros, mas, não, tem sido um investimento porque estas têm pago as suas despesas de organização”, considerou.

Algo confirmado pela presidente da Biblioteca Nacional, Matilde Santos, que disse que os resultados deste tipo de actividade mostram uma fonte de receita “triplicada”, tanto para a biblioteca como para a tutela do Ministério da Cultura.

“Daí que continuo a afirmar que os cabo-verdianos têm lido, talvez não como gostaríamos, não sei, mas, há necessidade de fazermos um estudo, uma vez que os livros têm vendido nas diferentes feiras que vamos realizando um pouco por todas as ilhas”, considerou Matilde Santos.

Mais ainda, conforme a mesma fonte, a feira do livro realizada em Novembro, no Mindelo, por altura do Mindelact, tem-se revelado um “sucesso” e um “casamento perfeito” entre essas duas formas de arte.

A feira do livro, que contou na sua abertura com estudantes de algumas escolas de São Vicente, apresenta mais 200 títulos com “novidades”, sobretudo relacionadas com a literatura infanto-juvenil e com representação da “grande maioria” de autores cabo-verdianos, uma vez que a Biblioteca Nacional também vende livros a consignação, informou Matilde Santos.

Entretanto, conforme o ministro da Cultura, Abraão Vicente, o objectivo futuro é fazer feiras especializadas, além da literatura em prosa, internacional e de reedições, e atender a uma “demanda grande” por livros mais técnicos.

A feira em São Vicente decorre até o dia 11, no Centro Cultural do Mindelo.

A Semana com Inforpress