Manuel Medina, que procurou a Inforpress para denunciar a situação, contou que começou a prestar o serviço em Junho de 2022, mas a partir de Fevereiro de 2023, o salário deixou de cair na sua conta bancária, mesmo depois de confrontar o delegado de Educação por “várias vezes”.
“Tenho um filho que estuda na cidade, e também como é que podemos arranjar comida, como posso desenrrascar-me na minha casa”, questionou, adiantando que a única resposta que tem recebido da Delegação é que a decisão de pagamento depende dos serviços na cidade da Praia.
“Mas, o que tenho a ver com a Cidade da Praia, se trabalhei em São Vicente”, completou.
Manuel Medina disse que, inclusive, já contactou a Direcção-Geral do Trabalho, mas, mesmo assim, o problema não se resolveu, aliás, até se complicou uma vez que dispensaram os seus serviços em Agosto.
“O que eu quero é o meu dinheiro, porque sou merecedor dele e ele me faz muito falta”, lançou, adiantando ser um montante bem considerável, porque trabalhava com o contrato de ganhar mil escudos por noite, das 18.00 às 06:00, e nunca teve direito a fins de semana e nem feriados.
Confrontado pela Inforpress, o delegado de Educação em São Vicente, Jorge da Luz, confirmou que Manuel Medina esteve como prestador de serviço na Escola de Salamansa, quando ali decorria uma obra.
O responsável disse ainda estar consciente dos constrangimentos causados com todo este atraso, mas afirmou não poder fazer muita coisa devido aos trâmites a serem feitos pelos serviços financeiros, na cidade da Praia, para o devido pagamento.
Contudo, segundo a mesma fonte, o salário de Manuel Medina “já foi cabimentado”, faltando somente disponibilizar o montante na conta bancária, algo que, asseverou, deverá acontecer nos próximos dias.
A Semana com Inforpress