Conforme informações avançadas pelo instituto, a conferência vai ser organizada em parceria com Planning in a liquid world with tropical stakes (Paddle, designação em inglês).
A iniciativa debruça sobre o “Estado da arte da governança, ordenamento do espaço marítimo e economia azul em África, do Atlântico ao Índico” e tendo como caso de estudo os pequenos Estados-Ilha em desenvolvimento, designados também por SIDS, “nos quais a economia azul é vital” e ainda as realidades de Angola à Tanzânia.
A palestra vai ser proferida por José Guerreiro, biólogo, doutorado em Ecologia e Biossistemática e professor com agregação em Ciências do Mar na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL).
José Guerreiro, de acordo com informações do IMar, defende que as políticas marítimas integradas e de economia azul estão a mudar a governação dos oceanos, introduzindo novos processos e actores políticos, reformulando quadros institucionais e legais, bem como exigindo novos instrumentos de gestão, como o ordenamento do espaço marítimo.
“Este movimento de procura de mais-valia económica e mais emprego, com base no crescimento azul, alastrou a todo o globo, em particular após a Conferência do Rio de Janeiro de 2012”, argumenta.
A África, segundo a mesma fonte, abraçou este desafio começando, desde cedo, a olhar para a economia azul como um “impulso ao bem-estar socioeconómico e iniciou o desenvolvimento de estratégias nacionais, juntamente com a necessária adaptação das redes institucionais e legais”.
Tal movimento, asseverou, estende-se do Atlântico ao Índico, nomeadamente na África Sub-Saariana e nos estudos de caso, com informação actual, desses processos na transição em Angola, Namíbia, África do Sul, Tanzânia e Quénia, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Seychelles, Madagáscar e Maurícias.
A palestra está marcada para a manhã de quarta-feira, 12, no Centro Oceanográfico do Mindelo (OSCM, sigla em inglês), em Cova Inglesa.
A Semana com Inforpress