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São Vicente: Isaltino Morais enaltece resiliência dos mindelenses nos 144 anos da cidade do Mindelo 15 Abril 2023

O presidente da Câmara Municipal de Oeiras (Portugal), Isaltino Morais, destacou, sexta-feira, a resiliência da cidade do Mindelo e dos seus munícipes ao presidir à sessão solene em comemoração dos 144 anos desta cidade.

São Vicente: Isaltino Morais enaltece resiliência dos mindelenses nos 144 anos da cidade do Mindelo

Segundo Isaltino Morais, que falava no salão nobre da Câmara Municipal de São Vicente, a resistência e resiliência de um povo mede-se por aquilo que ele é capaz de construir e “é indiscutível que São Vicente e a cidade do Mindelo são “bons exemplos” de como a capacidade de trabalho e a esperança de um futuro melhor são capazes de fazer milagres”.

“Numa ilha com recursos específicos é fácil desistir e não pensar resolver o problema, mas o que nos causa satisfação a todos é precisamente esta capacidade de resiliência que este povo tem” enalteceu o autarca daquele município português que partilha cooperação com São Vicente desde os anos 90.

Para Isaltino Morais, perante as dificuldades que lhes são confrontadas em São Vicente e apesar das dificuldades que também existem em Portugal, a sua vontade é de “incorporar a força telúrica de São Vicente, a sua capacidade de resistência e aplicá-la em Oeiras”. Isto porque salientou “é fundamental aprender a lição com aquilo e com aqueles que conseguem fazer tanto com muito pouco”.

O autarca sublinhou também que não é somente o seu município que contribui para o desenvolvimento da ilha de São Vicente e da cidade do Mindelo, porque Oeiras também recebe muito de Cabo Verde.

Neste particular, lembrou que desde os anos 60 que aquele município albergou uma comunidade cabo-verdiana que centrou a sua actividade na construção civil pelo que muito do que Oeiras é hoje é graças à muita mão e suor dos cabo-verdianos, lembrando que “hoje teve um upgrade extraordinário, porque o cidadão oeirense de origem cabo-verdiana já trabalha em outras áreas como empresários, encarregados e engenheiros”.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, começou por relembrar os valores da democracia e enfatizou o esforço, o trabalho e o empenho de todos os que “contribuíram para a metamorfose da ilha e da cidade”.

“Deixar uma palavra de reconhecimento aos autarcas e aos representantes políticos de São Vicente que ao longo da nossa história lutaram por este justificado estatuto. Homens da cultura, desporto e de conhecimento, comunicação social, comunidades religiosas e empresários”, enumerou, Augusto Neves, desejando que “as siglas partidárias e as ideologias sejam menores que o desejo de todos” que é de “ver Mindelo mais saudável, segura e organizada”.

O presidente da câmara de São Vicente defendeu ainda que agora “o tempo de relação dos municípios é um tempo em que o trabalho e as transformações são mais importantes do que as disputas de poder”.

Ou seja, completou, é “um tempo em que o diálogo, o debate com a sociedade , o respeito às opiniões diferentes se mostra essencial na consolidação de uma nova e boa política”.

Também a presidente da Assembleia Municipal de São Vicente, Dora Pires, recordou a história de São Vicente, da sua cidade e das suas dificuldades por que passou ao longo dos tempos e ainda reconheceu o contributo de Isaltino Morais em projectos edificados no Mindelo nas áreas da iluminação pública, habitação social, desporto, formação de funcionários dos jovens e nos bombeiros.

Segundo Dora Pires, a história mostra que os mindelenses conseguiram ultrapassar as circunstâncias com trabalho e esforço. E hoje São Vicente é uma ilha pujante, fruto do passado, mas precisa crescer mais, viver e não estar a sobreviver no meio das intempéries da vida e da natureza.

“Isso nos chama a reflectir, onde estamos, para onde queremos ir e o que devemos fazer para melhorar essa situação. Todos juntos devemos trabalhar para desenvolvimento com humildade e aceitar as opiniões e sugestões de todos, respeitar as leis e evitar confrontos de força que não nos levará a lado nenhum, mas que podem prejudicar o desenvolvimento desta cidade e ilha”, aconselhou, lembrando que “é necessário continuar a investir nas habitações, casas de banhos, rede de água e esgotos” e de mais atenção dos poderes local e central. A Semana com Lusa

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