Segundo Júlio do Rosário, desde sempre a organização pensou em render homenagem, em vida, ao músico e diplomata Humbertona porque ele foi um dos que frequentou os espectáculos do Morna Fest tanto na cidade da Praia como em São Vicente.
“Esta homenagem era para acontecer em vida. O objectivo era homenageá-lo tendo em conta tudo o que ele fez para a música e cultura de Cabo Verde. Mas, infelizmente, acabou por falecer e mantivemos este projecto de homenageá-lo e o seu filho nos autorizou. E temos uma digna homenagem que vamos fazê-lo”, explicou.
Conforme o produtor, os espectáculos vão acontecer de 25 de Novembro a 16 de Dezembro nas ilhas de São Vicente, Sal, São Nicolau, Brava, Fogo e na cidade da Praia.
“É uma programação que alterna os artistas que actuarão, por exemplo, nem todos que actuarão no Sal vão para o Fogo, há outros que vão cantar somente na Brava, outros em São Nicolau mas temos cerca de 18 artistas que vão circular nessas ilhas durante os seis espectáculos, previstos”, acrescentou.
Apesar de não divulgar o cartaz, Júlio do Rosário garantiu que os preparativos para o Morna Fest estão a decorrer bem, tanto a nível da banda suporte, como dos cantores que actuarão, faltando apenas limar algumas arestas.
Humbertona faleceu em Agosto no hospital Baptista de Sousa em São Vicente. O músico e diplomata era considerado uma das maiores referências do violão cabo-verdiano.
Nasceu a 17 de Fevereiro de 1940, em Chã de Manilin, no Norte, em Santo Antão, localidade então pertencente ao concelho do Paul, onde residiu até aos dois anos, altura em que se fixou na ilha vizinha de São Vicente, juntamente com os pais.
Frequentou o então Liceu Gil Eanes, quando passou a ser conhecido como Humbertona, em destrinça a outro jovem seu homónimo que, também, andava nesse mesmo estabelecimento de ensino secundário sanvicentino.
A Semana com Inforpress
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