A garantia foi dada à Inforpress pelo presidente da Associação Comunitária de Desenvolvimento de Salamansa (Djimily), Elvis Gomes, que vê esse programa, a par da central de fabricação de gelo, como um dos projectos “mais interessantes” realizados na comunidade piscatória, situada a oito quilómetros da cidade do Mindelo.

“Foi a primeira forma de turismo implantada na comunidade, graças à associação Djimily e acredito que está a correr lindamente”, considerou a mesma fonte, comprovando com dados, por exemplo, de terem no início em Abril de 2017, apenas três casas para receber os turistas, número que agora chega a 12-15 moradias.

Isto porque, a modalidade turística implementada em Salamansa, conforme explicou o presidente da associação, funciona da seguinte forma: os turistas chegam à vila piscatória e são recebidos em casa dos moradores, onde pagam a estadia e parte da refeição, e ainda inclui-se no pacote da viagem a reabilitação de fachadas de moradias, contribuindo para o embelezamento da zona.

Uma inter-ajuda, que já permitiu até agora fazer o reboque e pintura de mais de 150 habitações.

“É um projecto que todos saem a ganhar, o pessoal da hospedagem, com o dinheiro do quarto, pequeno-almoço e jantar, eu próprio também ganho com o meu espaço comercial que serve o almoço e a comunidade também porque cada vez fica mais bonita, colorida e embelezada”, sublinhou.

Por isso, Elvis Gomes vê essa modalidade turística como uma actividade de vida longa, em Salamansa, tanto assim é que não cessou mesmo com a pandemia da covid-19, que obrigou a uma paragem, e agora a retoma está ser feita com uma “boa intensidade”.

A mesma fonte também acredita que o número de visitantes fala por si quando já devem ter atingido mais de mil turistas nos seis anos de actuação, nestes últimos dias receberam o segundo grupo deste ano de 2023 e aguardam, em Novembro, a chegada de mais três grupos.

Demanda essa concretizada através de uma parceria entre a Djimily e uma agência turística sediada em Paris, França, que tem permitido a turistas, maioritariamente de nacionalidade francesa ou de países europeus francófonos, conhecer a vila piscatória “muito tranquila, onde toda gente conhece toda gente e com um índice de criminalidade muito baixa”, ressaltou Elvis Gomes.

Por outro lado, considerou que este projecto turístico “muito louvável e sem prazo de validade” atribui à zona “uma nova dinâmica”, a nível social, económico e até de infra-estruturação com as fachadas das casas requalificadas.

A Semana com Inforpress