Luís Carlos Silva teceu estas considerações ao presidir a posse da nova Comissão Política Concelhia Ad hoc de São Vicente, liderada por Pedro Gomes.
Para o responsável, a decisão tomada em São Vicente de empossar uma Comissão Política Concelhia Ad hoc retoma a visão de que o partido está acima de tudo, dos conflitos, dos problemas políticos e dos interesses individuais.
Junto com esta Comissão Política Concelhia estaremos a criar as condições para que até o dia 15 de Outubro tenhamos o partido a funcionar de melhor forma aqui em São Vicente e a criar todas as condições para que o processo eleitoral ocorra dentro dos princípios que nós defendemos”, lançou Luís Carlos Silva, para quem a ideia é ter um partido “mais coeso e dinâmico e capaz de assumir o combate, lá onde for necessário, falar com os cabo-verdianos para construir a opinião pública e também desconstruir narrativas divulgadas no espaço público”.
Segundo o secretário-geral do MpD é ambição primeira do partido ganhar o próximo ciclo político, a começar pelas eleições autárquicas, passando pelas eleições legislativas, e a terminar com um candidato que possa vencer as eleições presidenciais.
Defendeu, por isso, que em São Vicente o partido tem a “obrigação de proteger a câmara municipal e fazer com que no próximo ciclo político a Câmara municipal de São Vicente mantenha as cores do MpD”.
“Faço um apelo para fazermos deste momento uma oportunidade de relançamento do MpD e da estrutura concelhia em São Vicente rumo à vitoria nas autárquicas do próximo ano”, pediu o secretário-geral, comprometendo-se em tudo fazer para dotar o partido na ilha de uma sede própria.
Por sua vez, o presidente da nova Comissão Política Concelhia Ad hoc de São Vicente, Pedro Gomes, explicou que o objectivo imediato é assegurar administrativamente o funcionamento do partido e preparar, com “meticulosidade e transparência” o processo eleitoral que se avizinha marcado para o dia 15 de Outubro.
“Compreendo a importância deste papel e a responsabilidade que veio com ele e garanto-vos que darei o meu melhor para ser o elo que unirá todos nós, criando um ambiente mais coeso e unido dentro do MpD em são Vicente”, prometeu, acrescentando também que “a missão principal, enquanto comissão política provisória, é assegurar que o processo eleitoral seja justo e transparente”.
Segundo Pedro Gomes, as próximas eleições realizar-se-ão à luz dos novos estatutos, aprovados na última convenção do Partido, que vieram introduzir “mudanças significativas a nível da organização, composição e do funcionamento dos órgãos concelhios e ainda reitorizou os Núcleos de Acção Democrático, criou o Conselho Regional e com ele surgiu a figura do articulador que comunica em nome do partido para que a comunicação seja sistemática e assertiva”.
Na sua visão “há necessidade” de, nas próximas eleições internas para a escolha dos novos órgãos concelhios do partido, terem uma “base de consenso alargada” para estarem “afinados e a tocar a mesma melodia” e também por estarem “a preencher uma vacatura surgida de uma interrupção de um mandato através de uma moção de censura apresentada pela Assembleia Política Concelhia à Comissão Política Concelhia”.
Considerou, igualmente, que “crispações internas em nada abona o partido na ilha, defendendo que precisam “de um diálogo construtivo, de respeito mútuo e de um partido coeso para enfrentar os desafios que se avizinham e vencê-los com sucesso”.
Pedro Gomes também lançou um apelo ao secretário-geral do MpD de dotar as estruturas na ilha de São Vicente de uma sede própria e sustentou a “urgência de modernizar o partido trazendo-o para a era digital”, notando que precisam “digitalizar todas as informações, optimizar processos e utilizar as tecnologias para conectar melhor com os membros e com a população de São Vicente” para que possam manter-se “mais competitivos e relevantes no cenário político actual”.
Pediu ainda a colaboração de todos no processo de recenseamento eleitoral liderado pela Comissão Nacional de Apoio ao Recenseamento Eleitoral com representação nas concelhias.
“Trabalharemos incansavelmente para garantir que o processo eleitoral reflita os valores da democracia, justiça social e igualdade de oportunidades dando a todos os candidatos a oportunidade de serem ouvidos e de participarem de maneira significativa”, garantiu, revelando que quer que o MpD em São Vicente seja o reflexo do melhor que tem a oferecer enquanto partido, comunidade e enquanto povo. A Semana com Inforpress