Em conferência de imprensa, Heidy Andrade, que representa em São Vicente o Sindicato da Indústria, Serviços Gerais, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Segurança Privada e Serviços Marítimos e Portuários (Siacsa), informou que a manifestação será protagonizada por seis bombeiros que estão em casa, por motivos de doença, à espera da reforma e que foram prejudicados pela Câmara Municipal de São Vicente, que lhes “retirou todos os subsídios a que têm direito”.
“No mês de Março foram retirados os subsídios de turno e de riscos, no valor de 18 mil escudos, sem um aviso prévio da parte da Câmara Municipal de São Vicente, e isto está a criar muitas dificuldades aos bombeiros que estão em casa. Então, decidiram partir para manifestação no dia 25 a partir das 09:30 com partida do quartel e seguirão até à câmara municipal”, avançou a mesma fonte, para quem a situação desses bombeiros é do conhecimento do vereador da Proteção Civil e dos Bombeiros, Anilton Andrade.
Segundo o sindicalista, o Siacsa também já entregou na Direcção Geral do Trabalho (DGT) um pré-aviso de greve dos nadadores-salvadores, previsto para os dias 29 e 30 de Setembro e 01 de Outubro.
No caderno de reivindicações constam exigências como a atribuição de subsídios de turno e de risco, contratação de mais nadadores-salvadores e actualização salarial.
“Tentamos resolver estas pendências através do diálogo com a câmara municipal enviando várias notas, no início do ano, dirigidas ao presidente e nunca tivemos respostas. No início de Julho, o actual vereador da Protecção Civil chamou os sindicatos para reunir-se, discutimos o caderno reivindicativo que tinha dez pontos que reduzimos para quatro. Ficaram coisas pendentes e ele disse que ia levá-las ao presidente e depois apresentar propostas. Já lá vão dois meses sem nenhuma resposta do vereador”, afirmou.
Heidy Ganeto lembrou que o subsídio de turno é estabelecido no artigo 169º do Código Laboral pelo que a sua retirada do é “infração grave à lei”.
O mesmo defendeu que os seis nadadores-salvadores que existem na ilha são insuficientes para dar vazão à demanda da ilha de São Vicente, principalmente porque a maior parte das praias ficam “descobertas” sem esse serviço.
“Os seis nadadores salvadores que estão na praia da Laginha são poucos porque trabalham com turnos de apenas uma pessoa. São Vicente é rodeado por praias e os mesmos não podem dar cobertura somente na Laginha. Mas apenas são escalados nos fins-de -semana para dar cobertura nas praias como Baía, Praia Grande, Galé e São Pedro porque não há mais nadadores”, explicou o coordenador do Siacsa, para quem “São Vicente deveria ter no mínimo 20 nadadores-salvadores”.
A Semana com Inforpress