“Não há motivos para comemoração nos bombeiros, pois os problemas que afectam a classe são ainda muitos e graves”, reforçou Heidy Andrade, coordenador local do Sindicato de Indústria, Serviços Gerais, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Segurança Privada e Serviços Marítimos e Portuários (Siacsa), em conferência de imprensa.
O sindicalista focou-se na situação de seis elementos da corporação, os mais antigos, em idades de reforma, cujos processos “estão a andar” desde 2021 e até agora “sem resposta da câmara”, entidade que, em Março, segundo a mesma fonte, decidiu suspender-lhes os subsídios de turno e de risco dos respectivos salários.
Heidy Andrade discorda deste corte, pois, sintetizou, deveriam manter os subsídios até a consumação da reforma, até porque se trata de um grupo com “cerca de 40 anos de serviço, que trabalhou sem folgas e feriados trabalhados e não pagos e sem promoções”, que está a ser lesado.
Daí, continuou, o Siacsa não descarta uma “provável concentração” do grupo à frente da câmara “ainda este mês” para mostrar a sua insatisfação.
Da mesma forma, Heidy Andrade chamou a atenção da câmara sobre o memorando de entendimento, cuja execução deve ocorrer em Dezembro, por desconhecer os meandros para a sua conclusão, nomeadamente concurso para recrutamento de 12 novos bombeiros e promoção dos em efectivação de funções, “para evitar um novo pré-aviso de greve” no final do ano.
O sindicalista denunciou ainda que o parque automóvel dos bombeiros municipais se encontra “num estado de tristeza”, com “veículos prioritários e essenciais sem manutenção” o que representa “um perigo” para quem neles trabalham, bem ainda o estado do edifício sede dos bombeiros com “problemas na estrutura” como fissuras nas paredes e levantamento do piso.
“Não obstante a procura de diálogo por parte do sindicato para buscar soluções esbarramos sempre no silêncio de quem de direito”, finalizou o coordenador do Siacsa em São Vicente.
A Semana com Inforpress