As intervenções, concretizadas através da cooperação entre o HBS e a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, contemplaram, segundo o chefe da missão, Blake Soufett, 12 crianças com cirurgias plásticas de pálpebras e 24 outras pessoas com estrabismo (vesgueira).
O oftalmologista e especialista em oculoplastia disse à imprensa estar satisfeito por voltar a Cabo Verde pela segunda vez e o seu colega pela quarta vez e realizarem esse tipo de trabalho, que aconteceu desde o dia 07 de Março até hoje.
“Estamos muito contentes, porque foi possível fazer as cirurgias e com toda a equipa e a estrutura do hospital, que foram muito cooperativos”, considerou.
No entanto, a mesma fonte ressaltou o facto de terem sentido alguma falta de equipamentos, que não os permitiu fazer tudo, e por isso, esperam voltar trazendo os seus próprios materiais.
Por outro lado, segundo a mesma fonte, foi ministrada formação a médicos cabo-verdianos para fazerem as operações com a “mesma qualidade” prestada nos EUA e atender a todos os pacientes que precisam.
A formação contou com especialistas de São Vicente, dois oftalmologistas da Cidade da Praia e ainda estudantes de Ortóptica da Universidade do Mindelo (Uni-Mindelo).
A responsável do Serviço de Oftalmologia do HBS, Yosleivy Pérez, colocou a possibilidade de talvez com esse treinamento se pensar em arrancar com algumas operações com técnicos locais, porque existem “muitos casos” deste tipo em São Vicente e na Cidade da Praia.
“Mas, acho que podemos melhorar mais com a vinda mais uma vez deles [os médicos norte-americanos] e assim ajudar mais o povo e poder resolver esta situação, tanto em crianças como em adultos”, ressalvou, adiantando que foram avaliados cerca de 110 pacientes e destes foram escolhidos os com mais problemas, um total de 36.
Contudo, segundo a mesma fonte, espera-se com uma nova vinda dos especialistas estrangeiros atender a todos os outros existentes na lista de espera.
Quanto à questão apontada sobre falta de equipamentos, Yosleivy Pérez admitiu que o hospital precisa tanto de materiais, como de capacidade humana, não só para as cirurgias, como para a parte de avaliação dos pacientes e para o pós-operatório.
Por isso, segundo a mesma, o HBS espera mais apoios da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para alargar ainda mais a cobertura.
A Semana com Inforpress