Paulo Monteiro avançou a informação em entrevista exclusiva ao Asemanaonline. Segundo ele, o principal condicionamento tem a ver com a situação pandémica a que o país vem enfrentando, destacando, por enquanto, a possibilidade de ocontecer somente treinos, que são feitos de acordo com as recomendações sanitárias no âmbito da luta contra a Covid-19.
“A maioria dos nossos atletas são crianças e jovens, logo não vejo a possibilidade de os pais permitir os seus filhos deslocarem-se a outras ilhas para competições. A nível de treinos , tanto no Castilho ,quanto no Clube de Ténis Mindelo, a modalidade vai a todo o gás, em todas as idades, inclusive há organização de pequenos torneios pelos clubes”, frisa Paulo Monteiro.
Algumas das empresas patrocinadoras dos jogos, conforme avançou a mesma fonte, estão numa “situação muito difícil” para apoiar competições, num contexto de despedimentos ou até de empresas a encerrar as suas atividades.
No que toca a materiais para a prática do ténis, Monteiro deixa claro que desde que a Federação Caboverdiana de Ténis (FCT) assumiu a direção em 2017, “a ATSV não recebeu nenhum apoio material”.
O dirigente desportivo adianta ainda que, em termos financeiros, a agremiação também não obteve nenhum apoio, desde 2017 por parte da Direção Geral do Desporto (DGD). Paulo Monteiro garante que ele, enquanto presidente, tem financiado a própria associação com “dinheiro do próprio bolso” para custear os torneios locais.
Contudo, salienta que, diante de todas essas dificuldades, entre todas as associações de São Vicente, a ATSV tem um número elevado de seguidores nas redes sociais, isso através de todo o trabalho de marketing que vem fazendo, usando o seu próprio cartão de crédito, com o intuito de levar as pessoas a praticarem esta modalidade.
O entrevistado do Asemanaonline acredita que o ténis na ilha de Monte Cara cresceu muito ao longos dos anos, “devido ao esforço que a ATSV tem feito desde 2012”, mas que, no entanto, “são muito os custos e que agora as coisas complicaram”.
Devidos aos vários problemas apontados pelo dirigente que tem vindo a fazer um trabalho de muitos anos, Monteiro sublinha que ninguém está interessado em candidatar-se a presidente desta associação, e segundo diz, desde 2020 tem feito uma “gestão meramente figurativa”.
AC /Redação