Em declarações à Inforpress, o presidente do Sindep, Jorge Cardoso, esclareceu que no encontro mantido a 11 de Setembro, com o sindicato, o ministro da Educação assumiu “determinados compromissos” que não foram satisfeitos, assim como estava previsto.
“O ministro da Educação assumiu que até Outubro iria nos apresentar um cronograma para a resolução de todas as pendências, mas até esta nada foi entregue e agora nos disse que o cronograma só será entregue depois da aprovação do Orçamento do Estado de 2024”, destacou.
Face a essa mudança, o presidente da Sindep afirmou que a resolução das pendências só após a aprovação do Orçamento do Estado para 2024 será “muito tarde”, já que o sindicato tem as suas incumbências a respeitar.
Segundo ainda a Inforpress, lembra ao ministro da Educação que o Sindep não partiu para a paralisação e perturbação do ano lectivo, conforme anunciado na altura, porque houve um entendimento que devia ser cumprido.
“A reunião desta quinta-feira com o ministro da Educação é para auscultar o que tem a dizer para que possamos saber que decisão tomar”, realçou, afirmando estar no terreno a auscultar os professores quanto a manifestação e greve anunciadas para 04 de Novembro.
O líder do maior sindical nacional de profressores afirmou ainda que a verba constatada no Orçamento do Estado para 2024 para o Ministério da Educação não vai dar para resolver a situação a nível das pendências, pelo que, “se não houver seriedade na assunção dos compromissos”, a solução será “partir para greve”.
Quanto à manifestação da disponibilidade do ministro da Educação em dialogar com os professores para um consenso, Jorge Cardoso adiantou que o governante está a fugir aos compromissos assumidos, pois, enfatizou, “ele sabe bem que as negociações devem ser com os sindicatos”.
Conforme a fonte referida, sindicalista realçou ainda que o ministro da Educação quer passar sobre a revisão do Estatuto do Professor, que “não tem nada a ver com o reajuste salarial” que se está a exigir e que havia acordo, e que tinha efeito prático a partir de 01 de janeiro de 2024.
As reivindicações, neste momento, explicou o sindicalista, vão ao encontro da publicação do concurso e a data da realização do mesmo no Boletim Oficial, transição dos professores e licenciados não na área do ensino, reclassificação e subsídios pela não redução da carga horária de 2018 a esta parte, refere a Inforpress.