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Síria: DG da OMS está em Aleppo devastada pelo sismo — Assad visitou na 6ª e deixou recado 12 Fevereiro 2023

O diretor-geral da OMS-Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, está a visitar hospitais da cidade de Aleppo na Síria devastada pelo sismo e onde o último balanço oficial dá conta de 3.553 mortes. Em doze anos de guerra civil, Aleppo perdeu mais de metade da sua população e o sismo desta segunda-feira veio, além de mais perdas de vida humana, trazer mais destruição à cidade com mais de oito mil anos. Metade das infraestruturas de saúde sírias deixou de funcionar e as que estão em serviço têm uma gritante falta de recursos humanos, medicamentos e equipamentos.

Síria: DG da OMS está em Aleppo devastada pelo sismo — Assad visitou na 6ª e deixou recado

O sismo deixou, segundo as previsões da ONU, milhares de mortos e mais de cinco milhões de desalojados. O desastre natural é só mais um ato na tragédia da Síria, que vive desde 2011 em guerra civil — que mergulhou 90 por cento da população na pobreza.

Ao visitar com a primeira-dama a cidade de Aleppo, no norte do país que é a zona mais sinistrada, o presidente Assad não deixou de aproveitar a oportunidade para apelar ao fim do isolamento internacional.

Em primeiro lugar, por parte dos países das Nações Árabes — já que tal não é expectável por parte dos Estados Unidos e União Europeia, que têm vindo a reforçar as sanções contra a Síria pela longa e brutal guerra civil.

"O Ocidente priorizou a política em detrimento da situação humanitária", Assad expressou perante um grupo de jornalistas que acompanharam a sua visita no bairro de Masharqa, devastada pelo sismo. "É natural que façam política com a situação, mas não é natural a total falta de humanitarismo, agora como no passado", acusou segundo a agência oficial SANA.

67 toneladas de recursos médicos urgentes

Ao desembarcar sábado 11, no aeroporto de Aleppo, Ghebreyesus anunciou aos jornalistas que ia entregar de imediato "trinta e sete de toneladas de recursos médicos urgentes" ao ministro da Saúde e ao governador regional.

Outras trinta toneladas de recursos médicos chegam ao país no domingo, acrescentou o DG da OMS.

O ministro da Saúde, Hassan al-Ghabach, afirmou na ocasião que "a visita do Sr. Ghebreyesus é importante para constatar a devastação causada pelo sismo, bem como, a carência de material médico e de medicamentos nos hospitais".

"Esperamos que o Sr. Tedros observe a realidade dos hospitais e o que faz falta em termos de equipamentos", para que a OMS nos disponibilize os meios para prestar os serviços de saúde necessários", acrescentou o ministro sírio.

Fontes: BBC/DW/SCMP/... Segundo o Worldometer que compila dados de várias agências e do Banco Mundial, Aleppo deixou de ser a maior cidade da República Síria de 20 milhões de habitantes. Hoje a mais povoada é a capital, Damasco.

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