"A sala não podia ter mais de um terço da sua capacidade. Assim tivemos cento e cinquenta pessoas na audiência, com muitas regras. O distanciamento social foi uma delas", disse a artista Soraia Ramos à BBC.
A "Melhor Artista da África Central" — premiada na 6ª edição do African Muzik Magazine Awards 2020 (AFRIMMA), que teve lugar no Texas, Estados Unidos da América em 15 de novembro último —, Soraia falou ontem sobre o receio que rodeou a sua atuação.
"Tive medo de que já não fosse capaz de cantar, que o público não gostasse da minha música ao vivo, como tinham gostado nos social media. Enfim, que não gostassem de mim ao vivo". Mas felizmente tudo correu bem, as pessoas gostaram muito do que cantei".
"Uma voz maravilhosa!", ouve-se no programa radiofónico. Não faltaram elogios à presença em palco da cantora, a todo o desempenho de Soraia que "até faz esquecer a pandemia enquanto canta!”
Cantar em "criolo"
"Sempre gostei da língua do meu país", disse a cabo-verdiana que cresceu entre Portugal e aos treze anos seguiu a família para a França e depois para a Suíça.
A solo ou em grupo, por exemplo no Soraia Ramos & Calema performing "O Nosso Amor", a cantora não tem dúvida: "Sinto que a minha voz soa melhor em "criolo".
"Sinto que a minha língua é que dá força à minha música", remata.
Fonte: BBC. Fotos: Soraia Ramos tem sido cartaz de espectáculos na terra dos pais e no estrangeiro — Estados Unidos, França e Portugal onde vive atualmente.