O programa da feira incluiu hoje a segunda edição do Brazil-Portugal Innovation Company Roadshow (Mostra de Empresas de Inovação Brasil-Portugal), com 10 projetos brasileiros e portugueses.
A mostra vai ainda passar por Hong Kong, pela Zona de Cooperação Aprofundada, criada em conjunto com a província de Guangdong na vizinha Hengqin (ilha da Montanha), e pela zona especial de Nansha, na capital da província, Guangzhou.
Tal como para as outras startups, a DruGet procura mais clientes na China, disse à Lusa a cofundadora da uma plataforma brasileira que acelera o desenvolvimento de novos medicamentos.
“O nosso foco inicialmente sempre foi a Europa, só que quando nós começámos a analisar, vimos que a China é o país que mais pesquisa sobre novas drogas”, sublinhou Lorane Hage Melim.
Também a portuguesa R5 Marine Solutions, que desenvolveu uma ferramenta de previsão da erosão costeira, vê a China e os seus 14 mil quilómetros de costa como “um potencial mercado gigantesco”, explicou à Lusa o diretor comercial.
André Cardoso sublinhou que a R5 Marine Solutions, com sede em Aveiro, encara ainda a ida vinda a Macau como “um primeiro passo para perceber se existem empresas de engenharia da área que tenham interesse em criar uma parceria para utilizar a nossa solução aqui na China”.
Um objetivo semelhante tem a presidente executiva da PLUX Biosignals, que disse à Lusa que gostaria de identificar startups chinesas interessadas em cooperar no desenvolvimento de dispositivos individuais de monitorização da saúde.
A empresa portuguesa está a ponderar estabelecer uma presença em Macau, aproveitando vantagens como benefícios fiscais, a língua portuguesa e a legislação baseada no Direito português, revelou Rita Cristóvão.
Um passo que a Virtuleap deu hoje, criando uma empresa em Macau, revelou à Lusa Amir Bozorgzadeh, cofundador da startup, com sede em Lisboa, que usa realidade virtual para ajudar a aumentar os níveis de atenção, tratar doenças cognitivas e retardar o início do declínio cognitivo.
A brasileira Key2Enable chegou à Beyond Expo já com reuniões marcadas em Macau, Hong Kong e Pequim, para levar o seu equipamento e tecnologia para ajudar crianças e pessoas com deficiência “um dos países mais populosos do mundo”, disse à Lusa o diretor de vendas.
Por outro lado, acrescentou Marcelo Rubinger, a startup, que já tem uma base em Braga, acredita que fabricar o equipamento na China pode reduzir os custos, tornando-o mais acessível a países em desenvolvimento.
“Estamos a ajudar pessoas com deficiência motora ou intelectual a terem uma vida mais inclusiva. A gente tem de levar isso para o mundo”, sublinhou Rubinger.
A Semana com Lusa