O primeiro-ministro Prayuth disse na sexta-feira, 16, que demitir-se seria "reconhecer erros que não cometeu". Também disse que o seu governo espera poder declarar o fim do estado de emergência "se a situação melhorar, antes dos trinta dias decretados".
Por seu lado, a polícia anunciou na televisão que "a lei será aplicada com todo o rigor contra os manifestantes", afirmou o porta-voz Krissana Pattanacharoen. Minutos depois do comunicado, a polícia fez dispersar os manifestantes que tiveram de procurar refúgio numa universidade próxima e dar por terminado o protesto do dia.
Rama X não pára no reino
O soberano é acusado de "abandonar o seu povo durante a pandemia", disse ao Deutsche Welle na sexta-feira 16, o mais conhecido dissidente tailândes, Pavin Chachavalpongpun, que é professor na universidade pública de Quioto.
"O rei é acusado de ser irresponsável porque deixou o país e abandonou os tailandeses, neste momento em que eles mais precisam de liderança por causa da pandemia de Covid-19", afirmou Chachavalpongpun.
A Covid-19 não é todavia o maior problema do reino siamês, de mais de oitocentos anos. Hoje que o mundo regista 40 milhões de infeções e mais de 1,1 milhão de óbitos, a Tailândia conta 3.679 casos e cinquenta óbitos entre os seus 69 milhões de habitantes (Cabo Verde, com 557.751 habitantes, conta mais de sete mil e quinhentas infeções e oitenta e duas mortes).
Fontes: BBC/Le Figaro/outras...