“Foi tempo suficiente para todo o eleitorado conhecer os partidos. E quero dar os parabéns a todos os partidos, a todos vós, pelo vosso comportamento, pelo facto de terem contribuído muito para praticamente não haver incidentes, não haver violência”, afirmou José Ramos-Horta em Díli.
“A nível dos partidos, da liderança, não me preocupou. Não houve quadros que tenham provocado incidentes. Naturalmente alguns incidentes aconteceram, mas porque participa muita gente e é impossível que tudo saia perfeito”, afirmou.
José Ramos-Horta falava no final de uma longa maratona de quase oito horas de debate entre representantes dos 17 partidos políticos concorrentes, e depois de dois outros debates, com dois grupos de partidos, na terça e quarta-feira.
O chefe de Estado, que na sexta-feira e sábado preside a cerimónias oficiais do 21.º aniversário da restauração da independência, agradeceu o profissionalismo das forças de segurança, Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDLT), e às autoridades eleitorais, Comissão Nacional de Eleições (CNE) e Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) pelo trabalho no terreno.
“Houve tensão, na democracia há tensão, no debate académico tem de haver tensão. A tensão política é normal e é nessa tensão que se descobrem coisas. Isso faz parte da democracia. É saudável”, afirmou.
“Por isso digo ao povo, aqui e no estrangeiro, que devem ter orgulho nos partidos, nos líderes e no povo deste país. Somos a democracia número um no sudeste asiático. E por isso devemos todos estar orgulhosos”, considerou.
Nesse sentido, Ramos-Horta pediu a todos para votarem, no domingo, para ajudar a “consolidar e fazer avançar a democracia”.
“A nação, o povo, a política, a democracia continuam depois, no dia 22 de maio”, afirmou.
Na mensagem de final de campanha, o chefe de Estado agradeceu aos ‘media’ pela sua cobertura eleitoral.
A Semana com Lusa