Na conferência de imprensa, no Mindelo, estiveram presentes os representantes do Sintap, Sintcap, Siscap, SLTSA, Sicotap e Sinmed, com sede nas ilhas de São Vicente, Santiago, Santo Antão, São Nicolau e Fogo.
Conforme a porta-voz, Maria de Brito Monteiro, estiveram reunidos para analisar a situação laboral no Ministério da Saúde, que, em todas as estruturas do País, é “caótico, estressante, desmotivante e crítica”, algo que, sublinhou, já é do domínio público.
Assim como, segundo a mesma fonte, já é do domínio público que os sindicatos têm tentado reunir com a ministra Filomena Gonçalves desde Janeiro último, mas “sem sucesso”.
“A atitude da senhora ministra em não se disponibilizar para dialogar com os representantes dos funcionários, demonstra, por um lado, uma profunda falta de respeito e sensibilidade, para com os recursos humanos do ministério”, advogou.
Por outro lado, acrescentou, denota-se uma “grande arrogância institucional e incapacidade para o diálogo”, o que consideram ser “gravíssimo” num estado de direito democrático.
Devido a essa situação, os sindicatos devem entregar na segunda-feira, 25, um caderno reivindicativo com vários pontos e endereçado directamente à ministra Filomena Gonçalves e aguardam um pedido de encontro “o mais breve possível” por parte da governante.
Isto porque os profissionais da Saúde, di-lo Maria de Brito Monteiro, estão disponíveis para uma greve geral indicado para o mês de Outubro, caso as reivindicações não forem atendidas.
Entre as reclamações, enumerou a sindicalista, estão a “precariedade do vínculo laboral”, “insuficiência de recursos humanos”, falta de regulamentação da carreira médica, sobrecarga de trabalho, atraso no pagamento dos salários e não pagamento de velas, problema de “insegurança física” e várias outras.
Questionados pela imprensa sobre até quando estão dispostos a esperar pela resposta do Governo, o outro representante Luís Fortes, assegurou que a tutela do ministério terá um mês, ou seja, até 25 de Outubro para reagir, mas com “propostas concretas”.
O sindicalista reagiu ainda a um comunicado enviado pelo Ministério da Saúde na sexta-feira, 22, justificando os atrasos no pagamento das velas e de prestações na segurança social, documento que disse ser uma “nota vazia” e que “não compromete em resolver os problemas”.
Por isso, segundo o médico e sindicalista Tito Lívio, já é “hora de dizer basta”, porque “muitas das reivindicações são questões de leis que não estão a ser cumpridas”.
A Semana com Inforpress