Em comunicado, o Secretário Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, anuncia que a homenagem, de que oportunamente se divulgará o programa, envolverá naturalmente, o contributo de cidades associadas da UCCLA, a participação de personalidades e instituições de reconhecido mérito dos países de língua oficial portuguesa, com a dignidade com que se levou a efeito a homenagem aos associados da Casa dos Estudantes do Império, que poderá ser revisitada nos links acima referidos.
Recorde-se que em Lisboa, Amílcar Cabral foi associado e ativista da Casa dos Estudantes do Império (CEI), com papel de relevo nela. “A UCCLA na homenagem que levou a efeito a esta associação - criada em 1943 e extinta em 1965 pelo regime anterior, em resultado da atividade anti colonial desenvolvida - reeditou várias publicações da CEI. Personalidade de referência transversal a todos os momentos de libertação das ex-colónias portuguesas e com prestígio mundial, o centenário do nascimento de Amílcar Cabral ocorrerá para o ano, 2024”, sublinha Vitor Ramalho.
De ressaltar que a UCCLA é uma associação intermunicipal de natureza internacional, criada a 28 de Junho de 1985. Assinaram o ato de fundação, as cidades de Bissau, Lisboa, Luanda, Macau, Maputo, Praia, Rio de Janeiro e São Tomé/Água Grande.
Sobre Amílcar Cabral
No dia 20 de janeiro de 1973 foi assassinado em Conacri, capital da República da Guiné Conacry, Amílcar Cabral, líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Natural de Bafatá, Guiné-Bissau, Cabral passou a residir a partir dos oito anos de idade em Cabo Verde e, mais tarde, com uma bolsa de estudo, partiu para Lisboa, onde se licenciou no Instituto Superior de Agronomia.
Após a licenciatura, Amílcar cabral exerceu a atividade profissional em Santarém e posteriormente em Cabo Verde, onde se evidenciou, também, na militância anti colonial, tendo sido transferido para Angola, onde assinou o “Manifesto de 1956”, um dos documentos que iriam conduzir à criação, mais tarde, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). Vem a fundar ulteriormente o PAIGC, em 1959, que em 24 de Setembro do ano em que é assassinado, 1973, declara unilateralmente em Madina do Boé, Guiné-Bissau, a independência, reconhecida então, por mais de setenta países.