Através de uma nota enviada a nossa redação, a Secretária-geral da UNTC-CS, Joaquina Almeida, que defende os trabalhadores cabo-verdianos, mostra-se indignada com a subida generelizada de preços de produtos e com o governo que recusa em aumentar o salário dos trabalhadores.
"Neste momento tudo tem subido no país com exceção dos salários que teimam em não acompanhar a escalada dos produtos", exclamou a Secretária Geral da UNTC-CS, frisando que o governo está a propagar-se aos quatro ventos que tem a pessoa humana no centro da sua política e que não deixa ninguém para trás e que contrariamente relega à pessoa humana para o último plano da sua governação, privando assim os trabalhadores de melhoria de condições de vida, recusando-se terminantemente a aumentar os salários dos trabalhadores
Joaquina Almeida questiona até onde, quer o governo afundar os trabalhadores cabo-verdianos, uma vez que, segundo a mesma, as políticas públicas têm gerado mais pobreza na população vítima de sucessivos maus anos agrícolas e agora vítima da pandemia.
Joaquina Almeida aponta que se prevê um crescimento económico de cerca de 6,5%, quando escasseia a circulação do dinheiro, o que constitui um grande obstáculo para a retoma da economia. Realça também os despedimentos e a precariedade laboral que acontecem diariamente, fazendo com que os trabalhadores e suas famílias passam por gravíssimos problemas, facto esse que tem gerado o alastramento da pobreza.
Diante disso, a UNTC-CS acredita ser de caráter urgente adotar medidas de políticas públicas concretas e consentâneas para que os trabalhadores e suas famílias possam sair de dificuldades, passando assim de "discursos para ações ".
Almeida afirma ainda que o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) apresentado no dia 8 de Fevereiro não pode ser mais um instrumento de trabalho para a gaveta. « Pelo contrário, tem que ser implementado e executado, assim como a Agenda Cabo Verde 2030», aconselha a SG da UNTC-CS.