Segundo a EN, o chanceler alemão, Olaf Scholz, não fugiu à regra e perante uma plateia de líderes e empreendedores mundiais, em Davos-Suiça, afirmou estar convicto de que "Putin não vai ganhar esta guerra".
Ele já falhou no alcance de todos os seus objetivos estratégicos. A tomada de controlo russa de toda a Ucrânia parece hoje mais distante do que o que estava no início, sobretudo por causa da impressionante resistência do exército e da população ucranianos.
Os efeitos do conflito que se arrasta há mais de três meses são também uma preocupação para vários especialistas na área dos negócios.
Em entrevista à Euronews, Arancha Gonzalez, ex-diretora executiva do Centro Internacional de Comércio, destacou o "efeito cascata" da guerra, com a retenção de cereais nos portos ucranianos a agravar a crise económica mundial e a fome em vários pontos do planeta.
«Os preços dos alimentos estão de novo a subir a novos máximos, depois da crise alimentar de 2008. Estamos a ter dificuldades em fazer sair os alimentos de onde eles estão, porque os alimentos existem, os alimentos estão lá, o trigo, os cereais estão lá. Temos de garantir que estes alimentos possam sair da Ucrânia, quanto mais não seja para garantir que respondemos às necessidades humanitárias», alertou Arancha Gonzalez, ex-diretora executiva do Centro Internacional de Comércio.
Os desafios da liberdade de imprensa
Jornalistas, defensores da liberdade de imprensa e activistas dos direitos humanos debateram esta quinta-feira como os governos e o sector privado tentam controlar uma imprensa livre e o que pode ser feito para salvaguardá-la.
No palco, Agnès Callamard, secretária-Geral da Amnistia Internacional, Sasha Vakulina, editora da Euronews, Christophe Deloire, Secretário-Geral da ONG Repórteres Sem Fronteiras, e Patrick Chappatte, Cartoonista Editorial e Presidente da Freedom Cartoonists Foundation, partilharam os seus receios e visões do mundo editorial, num momento em que, como recordou o representante dos Repórteres Sem Fronteiras, "p.ela primeira vez na história das democracias há uma distorção sem precedentes de concorrência , há agora no ecossistema digital, uma vantagem competitiva para o remorso, o discurso de ódio, o extremismo, para as pessoas que vêem conspirações em todo o lado e o próprio jornalismo está enfraquecido", refere a fonte referida.