O enorme desafio da vacinação anti-Covid tem mais um obstáculo: as formas mutantes, como a variante B.1.1.7, que em setembro surgiu no sudeste de Inglaterra e contribuiu para aumentar o número de casos de Covid-19 e levou em janeiro, o primeiro-ministro Boris Johnson a declarar, pela segunda vez, o estado de emergência no Reino Unido.
A maior transmissibilidade das formas mutantes do vírus ficou provada, após a B.1.1.7, com o surgimento das variantes na África do Sul e no Brasil.
"Quando surge uma nova variante, deveríamos estar aptos a testar a eficácia da [nossa vacina]", afirmou o porta-voz da Pfizer ao online Bloomberg. "Se descobrimos que não é tão eficaz, devemos poder produzir de imediato uma dose de reforço — que seria uma variação ligeira da atual vacina".
A empresa americana Moderna também anunciou na terça-feira, 2, que o próximo passo, no desenvolvimento da sua vacina anti-Covid, são as injeções de reforço que vão proteger contra as variantes do coronavírus.
Netanyahu ao Fórum de Davos: "Vamos ter de nos vacinar todos os anos"
A propagação pelo mundo das variantes britânica, sul-africana e brasileira, a exigir uma nova atenção sobre as vacinas aprovadas, foi um dos pontos da agenda do Davos virtual. Entretanto, espera-se pelo Davos real, de 17 a 20 de agosto em Singapura.
"Vamos ter de nos vacinar todos os anos", disse o primeiro-ministro de Israel — o país com mais vacinados — na sua intervenção no fórum de líderes mundiais por videoconferência na quarta-feira, 3.
Reforçar medidas de proteção
O mundo vai continuar, não se sabe até quando, a usar máscara facial. Entretanto, prosseguirá a discussão sobre qual a máscara mais eficaz. Mas sobretudo tem de ser dada atenção à comunicação, perante os anseios das populações em relação às medidas emanadas autoritariamente e cujo alcance muitas vezes lhes é incompreensível.
Continuaremos a ritmar o nosso quotidiano com as medidas de higienização e os gestos-barreira em que o distanciamento social se afirma como uma nova forma de etiqueta mesclada de compaixão.
Os apelos para as medidas de proteção individual têm de continuar, porque o coronavírus que veio para ficar, as vacinas cuja eficácia muda com o surgimento de novas variantes, são novas realidades com as quais o mundo tem de aprender a viver.
Fontes: Times of Israel/ BBC/CNBC/Outras referidas. Relacionado: Covid EUA: 30 milhões vacinados, mas variantes britânica e sul-africana ameaçam — "Prioridade é dar 1ª dose ao máximo de pessoas", 02.fev.021; África do Sul: Estirpe 501.V2 põe país em alerta — "Jovens em maior risco", avisa ministro da Saúde, 27.dez.020;Vacina Pfizer nos EUA: Ricos furam fila — "Estou disposto a dar 25 mil...",19.dez.020. Foto: Davos Virtual centrado na Covid-19.