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Venezuela: Fim das sanções é discutido a 25 de abril em Bogotá — Por dívidas, país perdeu direito a voto na ONU 22 Abril 2023

A agenda da conferência internacional da próxima terça-feira, 25 em Bogotá, Colômbia — convocada pelo presidente Gustavo Petro — inclui entre outros o reativar os diálogos entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, bem como, o fim das sanções de Washington contra a Venezuela.

Venezuela: Fim das sanções é discutido a 25 de abril  em Bogotá — Por dívidas, país perdeu direito a voto na ONU

O anúncio promissor para a paz em Venezuela foi feito esta quinta-feira em Washington, após a reunião de Gustavo Petro com o presidente Biden, na sua primeira visita oficial desde que assumiu a presidência em agosto de 2022.

"Propus que, neste processo, as conversas da semana que vem e as que se seguirão no México possam gravitar em torno de questões para construir dois eixos: um é o cronograma eleitoral venezuelano, com garantias, e a entrada da Venezuela no Sistema Interamericano de Direitos Humanos. O outro é uma desativação progressiva e paulatina de sanções, de modo que possamos chegar a uma meta que é que o povo decida livremente, sem sanções, sem pressões, seu próprio destino social e político", disse Petro em conferência de imprensa.

Recorde-se que em janeiro, Nicolás Maduro recebeu Gustavo Petro, pela segunda vez em Caracas. A primeira visita em novembro serviu para os líderes dos países vizinhos normalizarem as relações entre a Colômbia e a Venezuela ao fim de quatro anos de tensão. A instalação mútua de embaixadas em Bogotá e Caracas aconteceu em 8.8.022 (Presidentes da Venezuela e Colômbia: 2º encontro em Caracas, paz sobre a mesa — Próxima ronda com Lula, 09.jan.023).

Perdeu direito a voto na AG da ONU — Quotas em atraso há anos

Desde 2019 que a Venezuela está no (restrito) grupo de países que têm vindo a perder o direito de votar na Assembleia-Geral, por causa das dívidas relativas a contribuições para o órgão decisório das Nações Unidas.

O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, pediu de novo à ONU para voltar atrás na decisão porque, disse, o atraso nas contribuições advém das sanções impostas ao país pelos Estados Unidos.

"O embargo financeiro dos EUA" — em flagrante "violação do direito internacional" — "fechou os caminhos bancários" ao Estado venezuelano que, por isso, deixou de poder honrar os pagamentos, afirmou o ministro no Twitter.

A ONU pode suspender o direito a voto de países-membros que tenham contribuições em atraso em pelo menos dois anos consecutivos, desde que a situação não dependa de causas de força maior reconhecidas pela própria entidade.

Fontes: Reuters/EFE/Site da ONU. Fotos: Encontro de Caracas em janeiro. Petro na Casa Branca hoje. Bandeira da Venezuela, à direita, no edifício-sede das Nações Unidas em Nova Iorque.

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