A queixosa de 65 anos alega que em 1973 tinha apenas 16 anos (enquanto Tyler tinha 25) quando o músico em ascensão, além da "agressão sexual, [a] coagiu a um aborto e infâmia voluntária".
Julia afirma que ele também a obrigava a drogar-se para forççar os pais dela a autorizar a filha a viajar em turnê com o artista.
Antes da queixa ser divulgada nos media na última semana de 2022, Julia Holcomb Misley participou na campanha pro-life "Priests for life/Sacerdotes pela Vida". Numa entrevista em fevereiro de 2018, ela contou como tinha engravidado aos dezasseis anos: "Ele disse que queria formar uma família e pediu-me para parar a pílula.
"Engravidei e ele pediu-me para casar com ele, eu estava tão feliz porque o idolatrava. Falámos com os pais dele e eles não ficaram nada contentes, diziam que eu era muito nova e muito imatura. Também a avó recusou o pedido dele para ela me oferecer a aliança, pois estava convencida de que ia terminar em divórcio".
Lei de 2019. A justiça da Califórnia criou uma lei que permite a vítimas de abusos sendo menores apresentar queixa em qualquer altura da sua vida adulta. Para Julia, esta "foi a oportunidade para obter o reconhecimento" de que foi vítima e, assim, obter justiça contra "quem abusou de mim aos 16 anos".
Julia Holcomb Misley apresenta como agravante o facto de que Tyler era seu "guardião", de acordo com a autorização dada pelos seus pais para que ela pudesse viajar com a banda. Chegou mesmo a ser creditada como colaboradora em algumas das produções dos Aerosmith, segundo o New York Times (na edição de 30-12-22).
Fontes: Fox News/ NY Times/CBC.ca/. Relacionado: EUA-Sem prescrição: "Violada" aos 16 anos em 1973 processa líder dos Aerosmith, 03.jan.023. Foto: O "casal" formado por Julia Holcomb e Steven Tyler em 1973.