A carta de Bissau para Hollywood seguiu, por mala diplomática: o chefe de governo escreveu à célebre Whoopi Goldberg, atriz multipremiada, para ela visitar o país. A nação bissau-guineense felicitava-se por esse inesperado reencontro, propiciado pelo teste de ADN a certificar que a Whoopi partilha o sangue com as etnias Papel e Jola-Baiote.
O parlamento apoiou a decisão de enviar essa carta a convidar a multipremiada atriz a visitar o berço dos seus (distantes) antepassados. Acreditavam que era uma oportunidade única para dar a conhecer ao mundo uma face diferente do país que só entra nos noticiários “quando ocorre mais um golpe-de-Estado”, como destacou o Washington Post.
A celebridade de Hollywood iria, acreditaram, ajudar “este esquecido cantinho do mundo” a projetar uma imagem favorável. Isto estaria nas mentes dos líderes da República da Guiné-Bisssau, lê-se nas entrelinhas dos media dos Estados Unidos algo surpreendidos.
A aldeia tem gente parecida com a minha mãe?
"Quem é que eu ia encontrar ao chegar à aldeia, se eu pudesse? Será que as pessoas me iam parecer minhas conhecidas? Eu ia reconhecê-las porque são parecidas com a minha mãe?", perguntou a atriz no programa televisivo da estação PBS onde foi feita a divulgação do teste ADN.
A mãe de Whoopi (fotos ao alto à esqª) é parecida com a filha. Daí a resposta: "De certeza, Whoopi, que vais encontrar muita gente parecida contigo próptia".
Whoopi não voa
Enquanto em Bissau acreditavam que a atriz iria chegar logo que resolvesse questões de agenda, a imprensa foi chamada para saber que a "Whoopi não voa".
Fontes: AP/WP/. Fotos: "Espírito do Amor" deu-lhe o Oscar de melhor atriz secundária. Em baixo: cinco homens na vida de Whoopi.