Antes da sessão do encerramento da magana reunião, foram apresentados as resoluções gerais e os órgãos nacionais eleitos – Conselho Nacional e Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização.
Para o líder do PAICV, o congresso foi tão bom que lhe deu vontade para que o mesmo não terminasse. «Foi um grande congresso. Um congresso de festa, um congresso de partilha de ideias, de propostas e de contribuições. Foi também de partilha de amizades, de sentimentos e de forças entre os militantes. Isto porque é assim o PAICV: um partido que transmite a energia positiva e forças. Foi, portanto, um grande congresso em todos os aspetos», sintetizou, realçando que a militância saiu reforçada e os órgãos nacionais eleitos ficaram mais equilibrados em termos de composição, renovação e competência técnica.
Rui Semedo avançou que agora toda a máquina tambarina tem de trabalhar para vencer os vários desafios que os país tem pela frente, na sequência da crise provocada pela pandemia de convid-19, seca e guerra da Ucrânia. Tudo com o obetivo de propor soluções para se responder as necessidades do país e da população, face à ausência de políticas públicas adequadas do atual governo do MpD para resolver os problemas existentes, como o aumento de preços dos produtos alimentares com consequência clara na diminuição do poder de compra dos cabo-verdianos.
Rui Semedo elencou outros desafios que o país tem pela frente, como os de vencer o desemprego, o grave problema de insegurança interna que requer a intervenção de todos os partidos políticos, além de se proteger os mais vulneráveis e combater os desperdícios por gastos desnecessários. Falou ainda que Cabo Verde tem de batalhar pela segurança alimentar com o aumento da produção nacional, conseguir a segurança energética com aposta em energias limpas (solar, eólica, marítima e vulcânica) e combater assimetrias regionais e sociais, produzindo mais riquezas para fomentar o desenvolvimento económico e social das ilhas e a inclusão social.
O líder da oposição defendeu uma reforma/revolução ao nível do ensino. «Investir no conhecimento é o principal investimento que Cabo Verde tem de realizar. Este é um desafio fundamental a se vencer», sublinhou, destacando-se ainda a necessidade da transparência na gestão de coisas públicos, de um sistema de transporte marítimo e aéreo mais eficiente para assegurar a circulação regular de pessoas e bens, além da luta contra a corrupção e mais diálogo entre os partidos, transformando o debate político num recurso estratégico para o desenvolvimento de Cabo Verde.
O XVII do PAICV terminou com uma sessão de batucada, seguida da primeira reunião do Conselho Nacional de 54 membros efetivos e 10 suplentes para a eleição dos demais órgãos executivos nacionais – Comissão Política Nacional, Comissão Permanente, Secretário-geral, que serão divulgados nas próximas edições do ASemanaonline.