O Ministério da Saúde registou 36 novos casos suspeitos nas últimas 24 horas, segundo o balanço publicado na noite de quinta para hoje.
Todas as regiões do país foram afetadas desde que a doença reapareceu no Zimbabué, no início deste ano.
Infeção diarreica aguda causada por alimentos ou água contaminados por bactérias, a cólera está a aumentar no continente africano, segundo a Organização Mundial da Saúde.
No Zimbabué, país com uma longa fronteira com Moçambique, o Ministério da Saúde registou oficialmente 30 mortes desde fevereiro e mais de 900 casos. Mas as estimativas são de que cerca de uma centena de pessoas tenham morrido devido à doença e que quase 4.650 terão sido infetadas.
As zonas urbanas do país, que têm vivido uma crise económica profunda, onde as infraestruturas de saúde e os sistemas de abastecimento de água potável são frequentemente abandonados, são regularmente afetadas pela cólera.
O Município de Harare desaconselhou, num aviso amplamente partilhado nas redes sociais, apertos de mãos, comer em reuniões públicas e comprar alimentos a vendedores informais.
A quase 340 quilómetros da capital, no distrito de Zaka, as autoridades locais proibiram ajuntamentos públicos, que estão agora sujeitos a autorização do Ministério da Saúde.
Em 2008, a cólera matou pelo menos 4.000 pessoas no Zimbabué e infetou 100.000.
Com uma economia em agonia, a maioria dos hospitais públicos é confrontada com a escassez de medicamentos.
A Semana com Lusa