De acordo com a televisão pública de Macau, TDM, António Lei Chi Wai disse que, além dos mercados lusófonos, a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin vai apostar em chamar investidores asiáticos.
O diretor dos Serviços de Desenvolvimento Económico da Zona de Cooperação acrescentou que já está em negociações com empresas de tecnologia avançada e que as prioridades para o investimento incluem biomedicina e circuitos integrados.
António Lei disse ainda acreditar que Hengqin “tem uma posição única e grande potencial de desenvolvimento” para ajudar as empresas chinesas a explorar os mercados de língua portuguesa.
O dirigente falava à imprensa, em Macau, após a assinatura de um acordo de cooperação entre a Zona de Cooperação e quatro empresas e organizações de Macau e da China continental.
Um dos acordos envolve a Zhuhai United Laboratories e o diretor-geral da empresa de biotecnologia disse à TDM esperar que a zona de Hengqin permita à farmacêutica “no futuro exportar medicamentos inovadores” para os países lusófonos.
Cao Chunlai revelou que a Zhuhai United Laboratories já investiu mil milhões de yuan (134,4 milhões de euros) em Hengqin e que irá este ano realizar estudos clínicos envolvendo três novos medicamentos contra doenças crónicas.
O diretor dos Serviços de Economia de Macau anunciou em novembro a criação de dois centros sino-lusófonos para apoiar a fixação de “projetos de tecnologia avançada” da lusofonia, com a atribuição de bolsas e colaborações com universidades e empresas.
"Um centro na Zona de Cooperação Aprofundada e outro a ser criado em Macau”, notou Anton Tai Kin Ip.
A Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, na ilha de Hengqin, foi anunciada em 2021, tendo-se estabelecido uma gestão conjunta da província de Guangdong e Macau.
Além da livre circulação de capitais, outra das vantagens desta área especial, para captação de empresas e investimento, deverá incidir na política de isenção e suspensão de impostos sobre as mercadorias, cuja entrada em todo o mercado chinês, de mais de 1,4 mil milhões de pessoas, estará facilitada.
A Semana com Lusa