A foto confirma a aglomeração que a visita oficial de Bolsonaro provocou na terça-feira em Sena Madureira, pequeno município (conta menos de 50 mil habitantes) no Estado do Acre, no centro do país que faz fronteira com a capital brasileira.
Uma comitiva de ministros e integrantes do governo estava com o presidente. A maioria deles apareceu sem máscara na transmissão da TV Brasil, contra as recomendações oficiais relativas à pandemia de coronavírus.
Também destacadas, por políticos e críticos à gestão deficiente do surto pandémico, são as imagens televisivas que mostram a aglomeração e rostos sem máscara no Palácio do Planalto no ato oficial em que Bolsonaro deu posse a dois novos ministros — João Roma que assumiu o Ministério da Cidadania e Onyx Lorenzoni, o novo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. A solenidade ocorreu no final da tarde de quarta-feira.
Gestão ’genocida’ da pandemia
Os que falam de gestão ’genocida’ da pandemia justificam essa séria acusação com os números oficiais sobre contágios, óbitos, percentagem de vacinados, evolução dos infetados.
De facto, o país de 213,5 milhões de habitantes conta com 10.457.794 casos confirmados de Covid-19, dos quais 252.988 são óbitos.
Vacinados: registam-se 6,1 milhões de vacinados. O Brasil ainda só conseguiu inocular 2,92% da população em quase dois meses.
Covid-19, cheias, dengue ... Acre em estado de calamidade e de emergência
O presidente visitou na quarta-feira, 24, o Estado do Acre flagelado pelas cheias — que atingiram 2,7 mil famílias só na capital, Rio Branco.
Jair Messias Bolsonaro sobrevoou áreas inundadas, esteve com a população e provocou aglomerações de manifestantes que gritavam "Mito! Mito!". Talvez com o sentido de ’Messias’, o salvador.
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Fontes: UOL/Agência Brasil-EBC./ Foto: Aos gritos de "mito", Bolsonaro causa aglomeração no encontro com a população no município acrense de Sena Madureira.